17 mar de 2021
Bahia – Agricultura – Entre 2000 e 2018, Bahia teve o 6o maior crescimento absoluto da área agrícola no país e o maior do Nordeste (+14,7 mil km2)

** Nesses 18 anos, o território baiano destinado à agricultura cresceu 87,4%,
passando de 16.808 para 31.490 km2. A expansão da fronteira agrícola,
sobretudo no Oeste, foi o processo que mais modificou o uso e cobertura da

terra no estado, no período;

** Apesar do avanço da área dedicada à agricultura, a Bahia tinha, em 2018, só
5,6% dos seus 564.723 km2 ocupados por essa atividade (eram 3,0% em 2000),

12a participação entre os 27 estados;

** A expansão agrícola foi, por outro lado, o principal fator que levou a Bahia a
perder 29,4 mil km2 de vegetação nativa em 18 anos. Foi a 5a maior redução
absoluta do país, concentrada nas áreas campestres, sobretudo o cerrado do

Oeste do estado;

** Em 2018, pouco mais da metade do território baiano (52,4%) era coberto por
vegetação nativa. A proporção era apenas a 14a entre as 27 unidades da
Federação. Naquele ano, a vegetação campestre era a cobertura da terra
predominante, ocupando pouco mais de 1/3 da área da Bahia (34,4%);
** As informações constam do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra,
realizado pelo IBGE desde o ano 2000, com base na interpretação de imagens de
satélite, levantamentos de campo e consultas a fontes de informação

complementares.

A partir de 2010, ele passou a ser atualizado a cada dois anos. Em 2020, pela
primeira vez, há informações desagregadas para cada unidade da Federação.
A expansão da fronteira agrícola, sobretudo no Oeste da Bahia, foi o processo
que mais modificou o uso e cobertura da terra no estado, nos últimos 18 anos.
Entre 2000 e 2018, o território baiano destinado à agricultura cresceu 87,4%,
passando de 16.808 para 31.490 km2. Isso representou um acréscimo de 14.682
km2 de área agrícola no período, o 6o aumento absoluto entre os 27 estados e o
maior do Nordeste. Mesmo em termos relativos, o crescimento da área agrícola
na Bahia (87,4%) ficou entre os dez maiores do país, em nono lugar.
Nesse “top-10” de crescimento percentual na área ocupada por agricultura estão
os estados que, ao lado da Bahia, formam o MATOPIBA. A região é atualmente
uma das principais fronteiras agrícola do Brasil e também engloba partes do
território do Maranhão (crescimento de 185,8% na área destinada à agricultura
entre 2000 e 2018, mais 8.300 km2), Tocantins (crescimento de 371,6% ou
+10.958 km2) e Piauí (crescimento de 264,0% ou +8.740 km2).
Em termos absolutos, os maiores incrementos de área agrícola, entre 2000 e
2018, ocorreram em Mato Grosso (+50.616 km2), São Paulo (+22.290 km2) e
Goiás (+19.619 km2). No outro extremo, Amazonas (-97 km2), Acre (-23 km2) e
Rio de Janeiro (-23 km2) tiveram reduções na porção de seu território dedicada a
essa atividade econômica.

E-mail: sdi.ba@ibge.gov.br 1 de 4

Supervisão de Disseminação de Informações (SDI)
Unidade Estadual do IBGE na Bahia
Apesar do importante avanço

da fronteira agrícola, a Bahia tinha, em 2018, só
5,6% dos seus 564.723 km2 ocupados pela agricultura (eram 3,0% em 2000).
Era apenas a 12a participação entre os 27 estados, num ranking liderado por São
Paulo (40,8% do território ocupado pela agricultura), Paraná (35,9%) e Rio
Grande do Sul (34,3%).

O segundo tipo de uso do solo que mais se expandiu na Bahia, entre 2000 e
2018 foi a pastagem com manejo. A área ocupada por essa atividade passou de
48.820 para 55.450 km2, num crescimento de 13,6%, que representou mais
6.630 km2 ocupados por pastagens no estado, em 18 anos.
As áreas de pastagem com manejo ocupavam, em 2018, parte mais expressiva
do território baiano do que a dedicada à agricultura, 9,8% do total, com
presença mais intensa no Centro-Norte e na porção Sul do estado.
Expansão agrícola foi principal fator que levou BA a perder 29,4 mil km2
de vegetação nativa em 18 anos, 5a maior redução absoluta do país
O aumento da área territorial dedicada à agricultura, na Bahia, foi a principal
causa da supressão de vegetação nativa, entre 2000 e 2018.

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Nesses 18 anos, o estado viu sua área de vegetação nativa – formada por
florestas e vegetações campestres, como o cerrado e a caatinga – encolher de
325.133 km2 para 295.724 km2. Foi a 5a maior retração absoluta do país e a
maior do Nordeste.
Ela foi mais fortemente concentrada na vegetação campestre, cuja área diminuiu
de 215.247 km2 para 194.062 km2 (menos 21.185 km2), sobretudo nas regiões
de cerrado, no Oeste do estado, ocupadas pela agricultura.
A área de florestas, por sua vez, se reduziu de 109.886 para 101.662 km2, entre
2000 e 2018, o que representou perda de 8.224 km2 dessa cobertura vegetal.
Nesse caso, a mudança se deu, sobretudo, pelo avanço das pastagens e de
formas de uso mistas, chamadas de mosaicos, nas quais não se consegue
identificar qual é a dominante.
Entre 2000 e 2018, os estados que mais perderam área de vegetação nativa, em
termos absolutos, foram Pará (menos 118,3 mil km2), Mato Grosso (-93.906
km2) e Rondônia (-38.532 km2).
Em termos relativos, a Bahia perdeu quase 1 de cada 10 km2 de vegetação
nativa em 18 anos, uma queda percentual de 9,0%, sendo -7,5% na área de
florestas e -9,8% no território coberto por vegetação campestre. Devido à
extensão do estado, a redução percentual não se destaca tanto quanto a
absoluta, ficando apenas como a 14a entre as 27 unidades da Federação.
Em 2018, pouco mais da metade da Bahia (52,4%) era coberta por vegetação
nativa, percentual que chegava mais próximo de 60,0% no ano 2000 (era de
57,6%).
A proporção de território com vegetação nativa na Bahia, em 2018, era apenas a
14a entre as 27 unidades da Federação. Amazonas (95,3% da área coberta por
vegetação nativa), Amapá (94,7%) e Roraima (90,1%) lideravam o ranking,
enquanto Espírito Santo (11,1%), São Paulo (12,4%) e Paraná (12,9%) tinham
as menores percentagens.
Em 2018, a vegetação campestre era a classe de cobertura e uso da terra que
predominava na Bahia, ocupando pouco mais de 1/3 do território do estado
(34,4%). Em seguida vinham, bem próximos, os mosaicos de ocupações em
áreas florestais (19,4%) e a vegetação florestal (18,0%).
O gráfico e o mapa a seguir mostram a distribuição das classes de cobertura e
uso da terra no estado.

Fonte: Supervisão de Disseminação de Informações (SDI)
Unidade Estadual do IBGE na Bahia

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