Aumentar a produtividade de propriedades rurais, muitas vezes localizadas em regiões com escassez de água e até falta de energia elétrica, transformando a vida dos produtores e suas famílias. Esse é o principal legado que a Assistência Técnica e Gerencial (AteG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) tem deixado para a agropecuária. O Senar Bahia foi pioneiro nessa ação, sendo o primeiro estado a adotar essa estratégia, e até hoje é uma referência para todo o Brasil. Para conhecer mais de perto os resultados da AteG em propriedades baianas, o Senar Nacional, em Brasília, organizou uma Missão Técnica com superintendentes e coordenadores de ATeG do Senar dos estados do Amazonas, Roraima, Alagoas, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Piauí, Paraíba, Santa Catarina e Distrito Federal.

Na segunda-feira foi realizada uma reunião na sede do Sistema Faeb/Senar, em Salvador, onde o presidente da Federação da Bahia, Humberto Miranda, a superintendente do Senar Bahia, Carine Magalhães, e o gerente de Programas, Carlos Rio, apresentaram um panorama da produção baiana, com a metodologia e as estratégias usadas aqui no estado, além dos resultados já alcançados. Durante a apresentação, o presidente do Sistema Faeb defendeu que a AteG é o grande diferencial na transformação do campo. “O que muda a realidade do produtor é a Assistência Técnica. Aqui na Bahia encaramos a Assistência como um divisor de águas, e o modelo que nós temos é, sem dúvidas, o melhor do mundo, unindo Assistência, com cursos modulados de Formação Profissional Rural por cadeira produtiva”.  Ele acrescentou ainda que “se nós continuarmos fazendo uma AteG baseada num modelo de formação profissional, direcionada para a mudança de comportamento do produtor, com técnicos capacitados e bem supervisionados, e aplicação de gestão e tecnologia, tenho certeza de que teremos resultados exitosos para a agropecuária em todo o País”, afirmou Humberto Miranda.

 

A Superintendente do Senar Bahia, Carine Magalhães, destacou o pioneirismo da regional e a importância das missões técnicas para o fortalecimento da ATeG no País. “Aqui demos início ao processo de assistência técnica e fomos amadurecendo a iniciativa juntamente com o Senar Nacional até chegar na realidade que temos hoje. Nesse encontro, poderemos vivenciar na prática todo o resultado do trabalho do Senar Bahia com os produtores rurais do estado”, explicou.

No segundo dia da missão técnica, os superintendentes e coordenadores participaram de duas visitas de campo, em propriedades nos municípios de Biritinga e Pé de Serra, localizadas no semiárido baiano, região que sofre com a escassez de água. No município de Biritinga a comitiva foi até a propriedade de Joacy Carneiro que produzia 180 litros de leite e hoje, depois da participação no programa Pro-Senar, produz 700 litros (quase quatro vezes mais), com projeção de chegar a 1.000 litros em 2019. Quem passa pela região não tem dificuldade em notar que a propriedade se diferencia das demais. E ele destaca o papel do Senar Bahia nessa transformação. “Se não fosse o Pro-Senar eu nem sei se ainda estaria aqui na terra em que nasci. Hoje em dia quem quer produzir bem precisa de uma boa assistência técnica, e nós recebemos aqui dias de campo e até visitas de outros produtores para conhecer o trabalho que desenvolvemos. Isso é gratificante! ”, comemorou. Depois que participou do programa, Joacy contratou, por conta própria, uma técnico para dar suporte à sua propriedades, o que deixa clara a mudança comportamental do produtor.

Em Pé de Serra, a propriedade visitada foi a de Gilvandira Carneiro, que também teve a produção transformada pela atuação da Assistência Técnica e Gerencial do Senar. Ela é uma das participantes do Pro-Senar, e mais que duplicou a produção de leite com a aplicação das tecnologias aprendidas ao longo do programa. “Graças às visitas do técnico, nós conseguimos elevar a nossa produção e atingir as metas. Quando ele chegou estávamos com 150 litros de leite e hoje já estamos com 360 litros. Hoje já não conseguimos mais imaginar a nossa produção sem o acompanhamento da assistência técnica”.

“Nas duas propriedades que visitamos ficou claro que quando o produtor acredita no trabalho do técnico, quando a assistência técnica é implementada na sua essência, com transferência de tecnologia, gestão e aumento de renda, os resultados aparecem. O Senar Bahia está de parabéns por garantir que produtores se destaquem em meio a todas as dificuldades que vimos aqui na região”, concluiu o coordenador nacional de ATeG do Senar, Matheus Ferreira.

Gilmar Antônio Zanluchi, superintendente do Senar Santa Catarina também destacou a ação do Senar Bahia. “Tivemos a oportunidade de ver in loco a satisfação do produtor rural, as suas evoluções e os pontos que ainda precisamos ajustar. Essas missões são um passo muito importante dentro do programa de Assistência Técnica porque temos condições de avaliar e seguir os rumos ditados pelas diretrizes do Senar Nacional.”

O superintendente do Senar Paraíba, Sergio Martins, também ressaltou a importância da Assistência Técnica no crescimento da produção. “Pudemos aqui observar que ambos os casos trazem experiências de sucesso na produção, e que o produtor rural tem que estar sempre monitorado e dentro da assistência técnica. Aqui nós tivemos demonstrações de que a ATeG veio para ficar e tem que ser uma realidade do cotidiano do produtor rural, e só com a gestão da propriedade o produtor passa a ter um outro olhar para o campo”.

A comitiva no campo foi liderada pelo vice-presidente de Desenvolvimento Agropecuária do Sistema Faeb/Senar, Rui Dias; pela superintende do Senar Bahia, Carine Magalhães; pelo gerente de Programas, Carlos Rio; e pelo coordenador técnico Gabriel Menezes. A missão contou com a participação da coordenadora de Capacitação da Diretoria de ATeG do Senar Nacional, Janete Lacerda de Almeida.

Fonte: Ascom Sistema FAEB

 

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