01 dez de 2017
Bahia – Agricultura – Seminário reúne gestores e agentes de Assistência Técnica e Extensão Rural

A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica (Bahiater), promoveu, nesta quinta-feira (30), o Seminário de Agentes de assistência técnica e extensão rural (ATER). O encontro reuniu 140 participantes entre gestores e técnicos, para a apresentação do panorama nacional das políticas públicas para a agricultura familiar tendo como temas O contexto atual e as perspectivas da Ater e Experiências nas Estratégias de ATER.

O seminário integrou a programação do Bahia Rural Contemporânea – VIII Feira Baiana de Agricultura Familiar, Economia Solidária e Reforma Agrária (VIII FEBAFES), que acontece no Parque de Exposições de Salvador.

“Este encontro, neste momento, é fundamental para apresentar os trabalhos de um ano inteiro, pois conseguimos ver os produtos da agricultura familiar em vários espaços. É o resultado da assistência técnica aliada ao empenho dos agricultores presentes nos 27 Armazéns da Agricultura Familiar da VIII FEBAFES, que expõem produtos de qualidade”, comemora Jerônimo Rodrigues, secretário de Desenvolvimento Rural (SDR).

Atualmente, a Bahiater oferece três modalidades de assistência técnica: ATER direta ofertada pelos técnicos da superintendência nos territórios; ATER indireta, com entidades selecionadas por meio de chamada pública; e Mais ATER, em parceria com as prefeituras municipais.

Célia Watanabe, superintendente da Bahiater, diz que a proposta do órgão é harmonizar uma assistência técnica sistemática, condizente com o atendimento das demandas e, para isso, tem investido em formação de agentes de ATER, por meio do programa Formater e, também, no monitoramento e acompanhamento de todas as ações pelas equipes da Bahiater nos Serviços Territoriais de Apoio à Agricultura Familiar (SETAFs).

“Respeitamos as deliberações das conferências estaduais e nacionais de ATER, buscamos a apropriação das metodologias inovadoras, considerando as demandas específicas do público da agricultura familiar em sua diversidade, adequando as ações às características dos biomas”, enfatiza Watanabe.

A representante do Fórum Baiano de Agricultura Familiar, Célia Firmo, defende uma assistência técnica continuada e universal, que precisa ser realizada pelos SETAFs em parceria com os municípios e a sociedade civil, e completa: “A assistência deve ser ampla e gratuita, ter elementos comuns para todos os agricultores, enxergando a agricultura familiar do ponto de vista produtivo, mas também social, a exemplo da Ater para as mulheres, pois elas não são apenas braços, são sujeitos políticos pensantes ”, conclui Firmo.

Desafios

Wilson Dias, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), afirmou que “é necessário focar na perspectiva de fortalecimento das propostas que já existem e consolidar as experiências alcançadas”.

Outro desafio apontado no encontro é a mudança de paradigma para uma ATER agroecológica, que valorize o conhecimento do agricultor. Para Carlos Leite, do Serviço das Associações e Organizações Populares Rurais (SASOP), “é preciso considerar as potencialidades e fragilidades dos biomas, estimular e dar visibilidade às produções agroecológicas, além de oferecer subsídios para que famílias mais pobres tenham condições de produzir”.

Participaram da mesa Elisângela Araújo, do Fórum Baiano da Agricultura Familiar (FBAF); Cícero dos Santos, da Associação Semiárido Brasileiro (ASA); Pedro dos Anjos, da Coordenação Estadual dos Territórios (CET); a deputada estadual, Fátima Nunes; Rosival Leite, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) e Vanilton de Jesus Santos, da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETAG).

 

Fonte: SDR

 

Oferecimento:

77 9 9926-6484 / 77 9 9979-1856