Dezenas de amigos, que ouviam o programa da Rádio Vale que eu participava, ainda hoje reclamam o inesperado fim do Balanço Geral, comandado por Ouri Macedo e com minha modesta participação, como coadjuvante. 

Ainda não sei os motivos da retirada do ar do Balanço Geral. A ex-vereadora Kelly diz a muitos dos seus adeptos que a façanha foi dela, que negociou para tanto pagando débito da Prefeitura com a emissora. Já a Vale, desmentiu categoricamente a assertiva a comunista. Não acreditamos, pois, que tenha acontecido tal acerto de contas, pois sei que Otacilinho é uma pessoa de ilibada conduta, moral e social.

Pelo sim, pelo não, o Balanço Geral, extinto da grade de programação da Rádio Vale, mereceria pelo menos uma satisfação da direção da Rádio aos seus milhares de ouvintes, que ficaram a ver navios com a abrupta decisão.

Temos recebido dezenas de perguntas sobre a retirada do programa, mas não sei como lhes responder.  Quando insistem, peço que se dirijam a ex-vereadora Kelly, que vem se gabando de ter eliminado o programa.

Forçoso é dizer, no entanto, que a ex-vereadora, não sei por que, de uma hora pra outra começou a se sentir prejudicada  pelas opiniões de um modesto escriba! Será que é fraqueza dela ou insegurança? Nos meus mais de trinta anos colaborando com a imprensa, jamais vislumbrei uma política tão insegura, que galgou espaço mais destacado ao se valer de uma coligação esquerdista que quase afundava o Brasil. Hoje, sem as benesses do lulismo, não sei se seu prestígio renascerá, ou afundará de uma vez por todas.

Quando ela foi informada por um dos puxa saco que há possibilidade do programa ser transferido para outra emissora, bradou aos quatro ventos que repetiria o que aconteceu com a Vale. Imaginemos, pois, que a ex-vereadora, que atravessa um momento financeiro conturbado, de uma hora pra outra aparece com tanta grana pra gastar! Milagre? Não, simples  coincidência pela venda do seu apoio à coligação liderada por seu tradicional adversário, sobre quem nunca mediu palavras para desqualifica-lo. Muitos perguntam: será que vale a pena pagar tanto por um apoio de tal monta?

Quando se aliou a um grupo forte, com dinheiro bastante pra fazer uma campanha eleitoral, começou a botar as manguinhas pra fora, não pensando que os barreirenses estão cansados de tanto babaquice, numa linguagem costumeira de inconsistências mil. Como comunista, jogou pra cima sua ultrapassada ideologia, já sem vez e voz no mundo todo, porém com alguns fragmentos persistentes na América do Sul, como Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e boa parte do PT e do seu PCdoB, este último fadado à extinção com a próxima reforma política, que alijará os partidos nanicos.

Ainda sobre a ex-vereadora, creio que a mesma anda assustada com a possibilidade de não conquistar sua eleição em outubro próximo. Talvez ela não saiba que o vereador Vivi disse-me que ela pode ficar despreocupada, pois os votos de legenda em consequência da sua grande votação garantirão a vitória da comunista, outrora sua algoz perseguidora, quando tentou, sem êxito, expulsá-lo do PCdoB, fracassando ao se deparar com a deputada federal Alice Portugal, que o defendeu e insistiu na sua permanência no partido.

Finalizando, bom seria que a ex-vereadora Kelly emprestasse mais atenção a sua campanha eleitoral, ao invés de se preocupar com a imprensa livre, que pode omitir sua opinião sobre política de um modo geral. Ou ela pensa que as aspirações de seu PCdoB, que sempre almejou amordaçar a imprensa, vão prevalecer!

 

Itapuan Cunha

Comentarista da Política

 

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