A colhedora de café é um equipamento que traz diversos benefícios ao produtor rural. Entre eles, reduz custos, aumenta a eficiência na derriça e melhora a qualidade do grão.
Apenas a título de exemplo, os custos de produção com a colheita mecanizada chegam a ser 40% menores se comparados aos custos de produção com a colheita manual, dependendo das condições da lavoura e da operação. Além disso, em determinadas condições, uma colhedora de café pode realizar o trabalho de 250 homens em colheita manual!
Por outro lado, os benefícios do uso da máquina não serão automáticos, uma vez que é necessário saber como escolher a colheitadeira de café mais adequada à sua propriedade.
Sem o devido cuidado nessa decisão, o produtor poderia até prejudicar sua safra, trazendo danos às plantas e aos frutos, aumentando os custos pós-colheita e expondo operadores a riscos de segurança.
Por isso, selecionamos alguns passos indispensáveis para você escolher a colhedora ideal para o seu cafezal. Confira!
O primeiro passo é voltar os olhos à sua própria lavoura, analisando os seguintes aspectos:
É interessante estimar os custos com manutenção e consumo de combustível por hectare. Assim, o produtor conseguirá avaliar ao certo se o retorno do investimento será economicamente viável.
O potencial produtivo da lavoura também é importante, pois quanto maior for sua produtividade, maior será o rendimento da colhedora e mais evidente será a redução de custos operacionais.
Considere a altura e o diâmetro dos pés de café, já que as colhedoras têm limites nesses aspectos. No geral, a altura fica entre 1,20 m e 4,50 m, e o diâmetro por volta dos 2,20 m.
Entre linhas, o espaçamento deve ser de pelo menos 2,80 m e, entre plantas, de 0,7 m a 1 m. Isso possibilitará a passagem da máquina com a maior taxa de recolhimento possível.
A topografia é um dos fatores mais impeditivos na mecanização da colheita do café, uma vez que é importante que a máquina atenda à condição de inclinação do solo de maneira segura. Então, fique atento, pois as colhedoras hoje existentes no mercado são indicadas para uma declividade máxima de 20%.
A cabine da colhedora de café precisa oferecer ao operador uma boa amplitude visual. Isso pode ser alcançado por meio de algumas soluções fornecidas pela agricultura de precisão, como câmeras e sensores. Esses recursos facilitam as atividades do funcionário dentro e fora dos talhões, dando a ele total controle.
Existem ainda algumas especificações importantes da cabine que podem fornecer maior conforto e ergonomia ao trabalho do operador, como:
Além disso, para facilitar as manobras, o sistema de direção deve permitir movimentos rápidos e precisos, com o menor raio de giro possível e nas mais variadas condições de trabalho. Essas características proporcionarão maior rendimento operacional e segurança ao operador.
O painel de controle é composto basicamente de um monitor e um joystick. Ele centraliza todos os comandos e instrumentos tecnológicos presentes na colhedora de café. Por isso, é importante que esse dispositivo seja completo.
Por meio dele, deve ser possível realizar também o diagnóstico e o monitoramento do status e funções da máquina, especialmente pelo fato de que, geralmente, o veículo fica operando continuamente durante muitas horas e dias. Assim, o painel de controle ajuda a evitar que surjam problemas inesperados.
A velocidade é um dos principais fatores — talvez o mais importante — da regulagem operacional da máquina. Ela influencia tanto no rendimento do trabalho, ou seja, no tempo da panha, quanto na eficiência da derriça.
Em outras palavras, em uma velocidade maior, a colheita é feita em menos tempo, mas o nível de aproveitamento poderá ser também menor. Por outro lado, quanto menor a velocidade, maior é a desfolha, ou estrago.
Por isso, a velocidade de trabalho e a rotação do derriçador devem ser definidas pelo produtor, pois variam de acordo com as condições da lavoura. Os fatores a serem levados em consideração são:
De acordo com esses fatores relacionados à velocidade, será possível saber como escolher a colhedora de café mais adequada às necessidades da sua lavoura.
O derriçador é composto de uma série de hastes ou varetas que, ao vibrarem, fazem os grãos de café se desprenderem da planta. Tanto em derriçadeiras portáteis quanto em colhedoras de café, que têm essas hastes acopladas a rolos ou cilindros, esse dispositivo funciona de modo bem semelhante.
O derriçador, que está diretamente associado à vibração, é o segundo elemento fundamental da regulagem operacional do equipamento. Em conjunto com a velocidade, o produtor deverá observar os mesmos fatores para determinar o nível de vibração exigida para coletar os grãos de modo adequado.
Por isso, é importante verificar a eficiência da derriça, ou seja, o valor percentual de grãos que a máquina é capaz de coletar com a menor taxa de perdas possível.
Pense em uma máquina que possa ser útil à lavoura não somente na época da panha. Existem colhedoras de café, por exemplo, que podem ser acopladas a sistemas de colheita de outras culturas, além de poderem ser usadas para pulverização e poda. Dessa forma, mesmo após o ciclo da colheita, o veículo continua trabalhando em prol do negócio.
Para que todo o investimento realizado não se perca, é fundamental dar atenção a alguns cuidados básicos com a máquina:
Seguindo todos esses passos, a escolha da sua colhedora de café será um sucesso, resultando no aumento da produtividade e na redução de custos na sua propriedade.
Gostaria de obter mais informações sobre as funções e os benefícios desse tipo de maquinário? Então, entre em contato conosco agora mesmo!
Fonte: Blog Jacto