31 jan de 2017
Brasil – Agricultura – A maior e mais gratificante colheita

Vivi dias de grata satisfação esta semana. Satisfação e surpresa. Começo pela surpresa. Cheguei com minha equipe no sábado, dia 21, a cidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, na fronteira entre Brasil e o Paraguai. A primeira imagem (e que me causou curiosidade), é dos grandes shoppings do lado paraguaio, na cidade de Pedro Juan Caballero.

 

Me surpreendi com o livre trânsito de moradores dos dois países na fronteira, de lá pra cá, daqui pra lá, sem qualquer restrição. Turistas então, circulam com suas sacolas abarrotadas de eletrônicos, perfumes, bebidas de um lado pro outro sem qualquer cerimônia. E são eles também os responsáveis por boa parte da ocupação (e do faturamento) dos hotéis em Ponta Porã.

 

Só uma avenida divide os dois países. No hotel em que fiquei hospedado, bastava  cruzar a avenida, a pé mesmo, em cinco minutos lá estava eu dentro de um dos shoppings. Mas enfim… Não fui a Ponta Porã para fazer compras. Mas, tive curiosidade de saber como era este cobiçado negócio do lado de lá. Este tour foi no domingo.

 

Segunda fiz uma reportagem sobre a cidade. Como eu dizia, não fui à fronteira para fazer compras, muito menos passear. Tínhamos um grande compromisso nesta região. Ponta Porã foi a cidade escolhida para receber o evento que marcou a Abertura Nacional da Colheita de Soja desta safra. O evento aconteceu na fazenda do grupo Jotabasso. Já, já falo sobre isso, mas antes deixa eu falar então sobre a cidade.

 

O primeiro compromisso na segunda foi conversar com o prefeito para saber mais sobre a cidade. Perguntei a ele sobre a fronteira seca. Ele admitiu que preocupa sim, afinal não é só mercadoria de turista com suas sacolas abarrotadas que passa por ali. Tem uma questão de segurança (ou seria insegurança) ali que deixa um clima meio tenso no ar. Mas, o prefeito diz que é importante que se veja também o lado positivo da boa relação na fronteira. Os habitantes dali convivem muito bem. Isso é bom!  Compartilham as suas diferentes culturas, os idiomas e até grandes amores nascem neste ambiente.

 

O prefeito mesmo é filho de um brasileiro que casou com uma paraguaia. É um brasiguaio então, como muitas outras pessoas que conheci ali. Outra coisa que se compartilha muito por ali são os negócios. O comércio é forte, mas a principal base da economia na região é a agricultura. Já foi a erva mate. Hoje é a soja, principalmente. E é daí que vem minha grata satisfação. Da cidade fui até a fazenda Jotabasso, da qual fiz referência ainda a pouco. Foi na propriedade que aconteceu a abertura da colheita. A Jotabasso é uma empresa produtora de sementes.

 

Tem duas fazendas no Brasil. Uma em Rondonópolis, Mato Grosso e essa em Ponta Porã. Ao todo  são 29 mil hectares de plantação de soja. Já pensou o que é isso? Mas olha, não foi  o tamanho que me surpreendeu quando cheguei na fazenda. Começa pela hospitalidade. São mestres nisso. Fui recebido pelo Francisco, Chico, como preferi tratá-lo, tamanha a empatia que tive por ele. Ele é diretor superintendente da Jotabasso. Sabe tudo que acontece na fazenda. E, pelo que vi,  ama o que faz ali. Em poucas horas aprendi muito com o Chico. Muito sobre valorização profissional, muito sobre valorização pessoal, muito sobre eficiência.

 

Chico me fez entender porque a Jotabasso é uma referência no agronegócio no Brasil. No campo se trabalha com foco no sistema produtivo como um todo. Todo mundo sabe que para soja produzir bem, não basta uma boa cultivar, terra, máquinas, etc. É preciso, sobretudo, gente competente e comprometida para fazer.  É preciso respeitar e proteger a terra,  e é preciso dar condições para que a planta se desenvolva, com tratamentos adequados na hora e na medida certa. Todo mundo sabe, mas aqui, na Jotabasso, mais que isso: se aplica! Não é para menos que na Jotabasso a média de produtividade é sempre superior às médias da região e do Brasil. Bem acima. Até 30 sacas a mais por hectare em algumas áreas. O evento da Abertura da Colheita na Jotabasso foi um espetáculo. Lindo espetáculo transmitido pelo Canal Rural,  e que tive o privilégio de participar.  Foi o ápice de uma semana privilegiada que vivi. Desde o momento em que pisei na Jotabasso, já senti que esta seria uma semana especial. Sai de lá com uma bagagem a mais. Bagagem intelectual, pessoal e com uma admiração ímpar pelo Chico e pelas pessoas que têm também o privilégio de trabalhar e conviver neste local com ele.

 

Canal Rural

 

 

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