09 nov de 2017
Brasil – Agricultura – Adidos Agrícolas conhecem prioridades do setor agropecuário

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, abriu nesta quarta (8), em Brasília, o encontro com dez novos adidos agrícolas que serão responsáveis por defender os interesses do setor agropecuário junto às embaixadas brasileiras.

 

O objetivo do encontro foi apresentar e discutir as principais demandas e desafios para alavancar a participação do agro no mercado internacional. A parceria entre setor público e privado contribui para diversificar a pauta exportadora e para gerar novas oportunidades de negócios também para pequenos e médios produtores, gerando empregos e fortalecendo o setor agropecuário.

“É uma satisfação muito grande recebê-los aqui e quero que vocês tenham a certeza que a casa está aberta para todos aqueles que queiram colaborar com nossa atividade”, disse Martins no início do evento.

 

O presidente destacou que a CNA ajudou o país a ser o maior exportador de carne e que irá trabalhar para torná-lo também o maior exportador de produtos lácteos. “Estamos trabalhando para isso e esperamos contar com a ajuda de todos vocês.”

Para o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Odilson Ribeiro, a CNA é uma parceira importantíssima para o trabalho dos adidos.

“Se não fosse a CNA não teríamos criado essa área importante para o agro brasileiro. Até 2019 teremos 25 adidos cobrindo 40 países e esperamos que eles possam contribuir para melhorar cada vez mais a renda do produtor brasileiro, fazendo o Brasil exportar mais com maior valor agregado”, destacou.

 

Segundo a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, que apresentou as prioridades do setor, “a entidade quer ajudar a melhorar a competividade do país como um todo”.

“Uma das prioridades da CNA é aumentar a classe média rural, pois com isso teremos novas opções de negócios, melhorando a competitividade, tendo aumento no ganho de renda e diversificando as exportações.

Além disso, precisamos promover maior acesso aos mercados, fechar novos acordos comerciais, facilitar o comércio e reduzir as barreiras”, afirmou.

 

A atuação do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) também foi apresentada aos adidos agrícolas durante o encontro. “Nosso trabalho é garantir que o produtor produza e gere renda com qualidade”, afirmou o Diretor-Geral da entidade, Daniel Carrara.

Ele destacou a importância da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para o desenvolvimento do setor. “Fazer apenas a capacitação do produtor não garante renda, por isso a assistência técnica é o diferencial. Já atendemos 90 mil produtores até agora e a meta é, em cinco anos, ter 400 mil produtores assistidos”, disse.

O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, falou sobre as atividades da área técnica e colocou a estrutura do departamento à disposição dos adidos.

 

“Precisamos trabalhar a imagem positiva e realista da produção brasileira e esperamos que vocês sejam realmente defensores e porta-vozes do setor. O leque de desafios será muito grande, mas coloco à disposição de vocês a estrutura da Superintendência Técnica porque queremos transformar o agro em um setor cada vez mais competitivo e que traga mais renda para o produtor rural”, afirmou.

Debate – O evento contou ainda com um momento destinado ao debate entre os adidos agrícolas e as associações setoriais. Algumas entidades como Abiarroz, Abiec, Abrafrutas e Cecafé se colocaram à disposição e pontuaram os mercados que têm interesse e as dificuldades que enfrentam em países como Coreia do Sul, China e México.

 

“Queremos abrir mercado para vender carne in natura para o México, mas encontramos diversas dificuldades. Por isso nos colocamos à disposição e pedimos ajuda de vocês para vencer essas questões”, afirmou a representante da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes Industrializadas (Abiec), Lhais Sparvoli.

“O Brasil é um protagonista mundial na produção de frutas e será muito importante se vocês nos ajudarem a ter um relacionamento mais próximo com a China para fazermos um trabalho mais articulado focando em uma estratégia em longo prazo”, ressaltou Jorge Souza, diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas).

 

Outras entidades como ABICS, ABIMAPI, ABIOVE, CITRUS-BR, IBRAVIN E Viva Lácteos estiveram presentes e reforçaram a importância de iniciativas como o encontro promovido pela CNA com os novos adidos agrícolas.

Os adidos receberam as demandas e se comprometeram a trabalhar os temas quando assumirem os postos.

“O México tem um mercado desconhecido para o Brasil, além de ser muito fechado. Hoje nossa pauta com o país é muito estreita. Porém, temos grande potencial de exportação de pelo menos 30 produtos brasileiros e precisamos romper as barreiras e as questões tarifárias”, disse Bivanilda Almeida Tapias, adido do país.

 

Ao final, os adidos agrícolas receberam o relatório “Contribuições da CNA para a agenda dos adidos agrícolas”, que apresenta as principais barreiras comerciais enfrentadas pelos produtos agropecuários nos mercados de destino dos adidos. Em parceria com as associações setoriais, a CNA identificou cerca de 133 produtos brasileiros com potencial de exportação, mas que sofrem com barreiras.

 

Os profissionais serão lotados na Argentina, África do Sul, Arábia Saudita, China, Coreia do Sul, Índia, México, Rússia, Vietnã e Tailândia. Juntos, esses países representam cerca de 40% das exportações brasileiras do setor, e importam do mundo US$ 271 bilhões em produtor agropecuários. A intenção do MAPA é que assumam os postos ainda este ano.

Fonte: CNA

 

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