13 jan de 2017
Brasil – Agricultura – Clima favorece a ocorrência de ferrugem asiática no Rio Grande do Sul

Por: Caroline Wesp Guterres (1)

As perspectivas para a safra de soja no RS são favoráveis. As lavouras apresentam um bom desenvolvimento e as expectativas são de produtividades elevadas.

 

No entanto, o clima chuvoso na primeira quinzena de janeiro fez os casos de ferrugem asiática se multiplicarem. A alta umidade, aliada a temperatura favorável, propicia a disseminação da doença nas lavouras, grande parte, já adentrando no período reprodutivo.

 

Para o melhor manejo de doenças, o ideal é que as aplicações de fungicida sejam iniciadas antes do fechamento das entrelinhas, de forma preventiva, ainda no estádio vegetativo, a fim de garantir uma melhor cobertura das plantas e o atingimento do baixeiro, onde as doenças se iniciam. Com o manejo iniciando de forma atrasada, após o fechamento das linhas, o fungicida não consegue atingir toda a planta. Com isso há uma redução na qualidade das aplicações, com menor cobertura e consequentemente, menor residual dos produtos. Os intervalos entre aplicações mais seguros são, em média, de no máximo 15 dias.

 

Em função da variabilidade genética do fungo causador da ferrugem e a ocorrência de resistência por parte deste aos fungicidas, a utilização de fungicidas multi-sítio em associação com os fungicidas sítio-específicos, é uma ferramenta importante no manejo da doença, propiciando um controle mais efetivo e reduzindo os riscos de desenvolvimento de resistência. Em situações de ferrugem já instalada e de aplicações atrasadas, o reforço com fungicidas triazóis também pode ser interessante.

 

Para acompanhar a evolução da ferrugem asiática no estado e na sua região, acesse o
site do consórcio anti-ferrugem, em:http://www.consorcioantiferrugem.net Além da ferrugem, outras doenças de importância econômica podem ocorrer na lavoura, como o oídio e as manchas foliares. Porém, se o manejo é iniciado de forma preventiva e contempla o uso de bons produtos, respeitadas as suas doses e aliados à tecnologia de aplicação e intervalos adequados, o controle destas também acaba por ser efetivo.

 

Caroline Wesp Guterres é bióloga, com Mestrado e Doutorado em Fitopatologia pela UFRGS e atua como pesquisadora na Cooperativa Central Gaúcha (CCGL TEC), em Cruz Alta, RS. Contato: caroline.wesp@ccgl.com.br

Fonte Mais Soja

 

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