A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária divulgou nesta quinta-feira durante o Mercado&Cia dados inéditos sobre custos de produção no trigo. Levantamento da CNA feito com as principais entidades do Brasil mostrou que em 2015 a lavoura de trigo gerou prejuízo em todas áreas do país. Para 2016, o cenário era de certo otimismo até as chuvas da última semana atingirem a produção do cereal e gerarem alerta para a perda de produção e qualidade. Além do risco de colheita menor, a Confederação chamou atenção para o aumento dos custos em 2016 que podem levar à rentabilidade negativa, mais uma vez.

Dados coletados de abril a setembro referente a 2015 – com preços deste ano – mostrou que em todas as regiões de trigo houve prejuízo. Em algumas regiões produtores tiveram que desembolsar de R$ 6 a R$ 60 reais por hectare.  Para este ano, as estimativas são de um incremento [nos custos] de 8 a 12% na comparação com 2015, esclareceu o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi

 

Setor pede intervenção do Governo:

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul – Farsul- encaminhou ao Ministério da Agricultura propostas para a aplicação dos mecanismos de comercialização de trigo. O cereal está sendo vendido abaixo do preço mínimo estipulado pelo Governo Federal há um mês no estado. Conforme a Federação, são necessárias as operações de AGF, Pepro e PEP em 1,5 milhão de toneladas de trigo gaúcho em um curto espaço de tempo. A expectativa é que o governo atue rápido e evite perdas ao produtor. Desde o dia 19 de setembro, quando chegou a R$ 33,40 o saco de 60 kg, que o grão vem sendo comercializado em valores inferiores a R$ 38,65, preço mínimo que entrou em vigor em 1 de julho de 2016.

 

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