30 abr de 2019
Brasil – Agricultura – Desempenho de cultivares de soja em função da densidade

Em trabalho apresentado e publicado nos anais do VIII Congresso Brasileiro de Soja, número 120, página 389 da sessão de Fisiologia Vegetal, Agrometeorologia e Práticas Culturais, realizado em Goiânia no ano passado, os autores VIEIRA, N.D., PRANDO, A.M., SILVA FILHO, P.M. avaliaram o efeito que a densidade de plantas das cultivares BRS 360 RR e NS 6262 RR exerce sobre os componentes de rendimento e a produtividade na cultura da soja.

O trabalho foi motivado pelo fato de que nos últimos anos, ocorreram mudanças nas características das cultivares como: incremento no uso de cultivares transgênicas,  com mais de um evento, redução do número de dias no ciclo da cultivar, hábito de crescimento indeterminado, arquitetura de planta, etc., o que pode alterar as respostas às mudanças de densidade de plantas.



O experimento foi realizado no município de Londrina – PR, com um solo classificado como Latossolo Vermelho distroférrico e as diferentes densidades de plantio foram: 4, 8, 12 e 13 plantas por metro linear, com espaçamento de 0,45 m entre linhas.

Os resultados obtidos pelos autores podem ser verificados na tabela abaixo:

Fonte: VIEIRA, N.D., PRANDO, A.M., SILVA FILHO, P.M.

Ambas as cultivares apresentaram bom potencial produtivo, a BRS 360 RR produziu em média 4.091 kg.ha-1 e a NS 6262 RR 3.985 kg.ha-1, ficando acima das médias nacional e estadual do ano em que o ensaio foi conduzido que foi de 2.957 e 3.305 kg.ha-1 respectivamente.

A produtividade da cultivar NS 6262 RR foi superior apenas na população de quatro plantas por metro. Já a cultivar BRS 360 RR respondeu à densidade e apresentou melhor produtividade estimada na população de 9,6 plantas por metro. Isso demostra a plasticidade das cultivares em manter a produtividade em menores densidades. A maior produtividade da cultivar BRS 360 RR é entre 9 e 10 plantas por metro, enquanto a produtividade da cultivar NS 6262 RR não é influenciada pelas densidades de plantas estudadas.

Segundo os autores do trabalho, esse resultado pode ser interessante, pois possibilita ao produtor reduzir o custo de aquisição de sementes. Contudo, semear buscando densidades extremamente baixas pode ser arriscado, visto que as plantas estão sujeitas a estresses por pragas e/ou condições ambientais, bem como a possibilidade de uma maior incidência de plantas daninhas, podendo comprometer o desempenho produtivo da lavoura.

Para acessar o trabalho completo clique aqui.

Elaboração: Andréia Procedi- Equipe Mais Soja.

 

Fonte: Mais Soja

 

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