13 fev de 2018
Brasil – Agricultura – Devido a mau tempo implantação do Corredor do Milho é adiada

As fortes chuvas que caíram no Paraguai atrasaram as obras de melhorias da rodovia de acesso ao porto paraguaio de Itapua e determinaram o adiamento da implantação da conexão transfronteiriça batizada de Corredor do Milho. O início das operações estava previsto para o dia 9 deste mês de fevereiro e, agora, foi adiado em 30 dias, data a ser confirmada pelos três países envolvidos: Brasil, Argentina e Paraguai.

 

A conexão transfronteiriça, também conhecida como a Nova Rota do Milho, surgiu, em 2016, no Núcleo Estadual de Integração da Faixa de Fronteira de Santa Catarina, iniciativa do Governo catarinense, do Sebrae/SC e das entidades ligadas ao agronegócio.

 

O projeto consiste em buscar no Paraguai o milho para abastecer a imensa cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura industrial catarinense. Dois aspectos tornam essa iniciativa importante e prioritária. A primeira é que Santa Catarina tem um déficit anual de 3 milhões e toneladas de milho, matéria-prima que precisa ser importada para suprir as necessidades da agroindústria da carne. O segundo aspecto é que a nova rota encurtará em pelo menos 1.500 quilômetros a distância entre a região consumidora (Oeste catarinense) e a região fornecedora, no Paraguai.

 

Santa Catarina é o maior importador de milho do País e, atualmente,  adquire a maior parte do grão em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, distantes 2.000 quilômetros.

 

Com a implantação do Corredor do Milho, o produto seguirá o seguinte roteiro, o qual passará a ser conhecido como Corredor do Milho: será adquirido nos Departamentos de Itapua e Alto Paraná (Paraguai), passará pelo porto paraguaio de Carlos Antonio Lopez, atravessará o rio Paraná em balsas, entrará em território argentino pelo porto de Sete de Agosto e seguirá até a divisa com o Brasil, sendo internalizado pelo porto seco de Dionísio Cerqueira.

 

Muitas ações, articulações e contatos foram desenvolvidos nos últimos dois anos para viabilizar o corredor, relata um dos primeiros apoiadores do projeto, o coordenador regional Oeste do Sebrae, Enio Alberto Parmeggiani. A primeira etapa conquistada foi a autorização da concessão da entrada do produto paraguaio pela Argentina, cujo fato já está consolidado. Todas as licenças e autorizações dos governos envolvidos já foram emitidas. O Paraguai, inclusive, acaba de autorizar a circulação em suas rodovias de caminhões bi-trem, de maior tonelagem.

 

Ainda serão necessárias obras de infraestrutura como a implantação de pontes, rodovias e melhoria dos serviços de suporte nas passagens entre os países envolvidos, aspectos que são vinculados a acordos de cooperação. Parmeggiani realçou que o corredor viabilizará o crescimento do agronegócio e que o processo desencadeado tem etapas para seu aperfeiçoamento e fluidez. Outro  desafio é a simplificação dos processos relativos à participação dos pequenos negócios na composição deste novo cenário econômico do território.

 

Participam das tratativas para a viabilização institucional e econômica do Corredor do Milho  o Fórum de Competitividade e Desenvolvimento para o Oeste de SC, o Bloco dos Prefeitos do Mercosul (BRIPAM), as Associações dos Municípios do Oeste de Santa Catarina, a FACISC, a FIESC, a ACAV, a Fecoagro/SC, Assembleia Legislativa, Agências de Desenvolvimento Regional com apoio técnico do SEBRAE/SC, entre outros parceiros.

Fonte: Avicultura Industrial

 

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