26 nov de 2020
Brasil – Agricultura – Diálogo sobre Cacau Sustentável Amazônico reúne Brasil, Colômbia e Peru em busca de acordo inédito

Videoconferência estabelece consenso entre stakeholders dos três países para estabelecimento de acordo que irá beneficiar comunidades locais e buscar novo posicionamento do fruto nos mercados globais.

São Paulo, 26 de novembro de 2020 – O 2º Diálogo sobre Cacau, encontro virtual promovido pela TFA (Tropical Forest Alliance), reuniu na semana passada representantes da cadeia envolvida na produção e comercialização de cacau na Amazônia brasileira, colombiana e peruana. O foco principal foi na discussão de como os três países podem trabalhar juntos para o posicionamento do cacau amazônico sustentável nos mercados globais.

“O cacau cultivado na Amazônia colabora na restauração de terras degradadas e na diminuição do desmatamento”, afirma Fabíola Zerbini, diretora da TFA para a América Latina. “Essa narrativa positiva, que inclui o potencial que o cultivo sustentável representa para a melhora de vida das comunidades locais e fazendeiros, tem tudo para se transformar em um diferencial atraente para os mercados globais e em um novo caminho para a proteção da Amazônia”.

A Amazônia reúne o cacau mais diversificado do mundo em termos genéticos, de sabor e de diferentes espécies. Os participantes da videoconferência concordaram que, entretanto, para o fruto tornar-se um aliado de fato na conservação da floresta e resultar em fonte maior de ganho financeiro para as comunidades locais, é preciso incrementar os sistemas de rastreamento do cultivo, fomentar um maior aproveitamento da diversidade genética do fruto, e alcançar uma melhor gestão de qualidade da produção.

A Amazônia brasileira conta hoje com cerca de 18.500 produtores de cacau que ocupam área cultivada de aproximadamente 151.885 hectares, com produção superior a 135 mil toneladas/ano. E embora a Amazônia peruana possua um número muito maior de produtores (aproximadamente 138 mil), sua produção média é só ligeiramente superior à brasileira (pouco mais de 136 mil toneladas/ano). O custo de estabelecimento do produtor brasileiro é maior do que o peruano, mas sua produtividade média também é maior. Os números referentes à Colômbia se posicionam entre os dois outros países.

“Nos nossos diálogos, fica claro que o desenvolvimento sustentável do cacau amazônico e sua inserção mais destacada nos mercados globais está vinculado à consolidação de uma relação de confiança entre produtores e demais envolvidos na cadeia de valor, que possibilite o estabelecimento de uma estratégia conjunta e integrada”, comenta Fabíola Zerbini. “É preciso também engajar, nesta estratégia, outros stakeholders do setor público e privado (governos locais, investidores, ONGs) para que os produtores possam contar com as ferramentas necessárias de infraestrutura, crédito e suporte técnico para melhorar a logística da produção e aumentar sua produtividade”.

O 3º Diálogo sobre Cacau está marcado para o início de dezembro, ocasião em que os participantes de Brasil, Colômbia e Peru tem como objetivo finalizar e assinar o Acordo Conjunto pelo Cacau Originário da Amazônia.

Sobre a TFA
A Tropical Forest Alliance (TFA), ou Aliança para as Florestas Tropicais, é uma rede que reúne múltiplos parceiros em torno do objetivo comum da busca e da implementação de soluções para o combate ao desmatamento resultante de atividades comerciais em áreas de florestas tropicais. Iniciativa do World Economic Forum, a TFA trabalha com representantes governamentais, do setor privado e da sociedade civil, como povos indígenas e organizações internacionais, na consolidação de parcerias de alto impacto para reduzir o desmatamento e construir um futuro positivo para as florestas. A rede TFA, por meio de seus parceiros, identifica desafios e elabora soluções, reunindo especialistas de todo o mundo para transformar ideias em ações efetivas na América Latina, na África, na China e no Sudoeste Asiático.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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