19 dez de 2017
Brasil – Agricultura – Efeito residual de atrazine aplicada em diferentes solos, épocas e doses na cultura da soja

Objetivando avaliar o efeito residual da atrazine um ensaio foi conduzido na área experimental da UNEMAT-Tangará da Serra, em solo de textura arenosa e argilosa, com duas doses de atrazine

Autores: Júlia Rodrigues Novais1, Miriam Hiroko Inoue2, Jéssica Karina Guedes Cavalcante3, Fernanda Maria Silva Souza3, Michael Ortigara Goulart3, Cláudio Matheus Stanieski3, Paulo Ricardo Junges4 e Grazielle Martinez5

Trabalho disponível nos Anais do Evento e publicado com o consentimento dos autores.

RESUMO

A atrazine é um herbicida cujas moléculas podem ficar retidas aos colóides do solo, devido as características físico-químicas de ambos. Esse fenômeno é conhecido como efeito residual e caracteriza-se pela permanência da atividade dos herbicidas no ambiente, resultando em fitointoxicação nas culturas sucessoras. É indicada para o controle de plantas daninhas dicotiledôneas e com isso pode ocorrer a fitointoxicação da soja, devido à falta de seletividade para a cultura.

 

Objetivando avaliar o efeito residual da atrazine um ensaio em DIC em esquema fatorial 2×7+1 foi conduzido na área experimental da UNEMAT-Tangará da Serra, em solo de textura arenosa e argilosa, com duas doses de atrazine (2.000 e 2.500 g i. a. ha-1) e sete épocas de semeadura (0, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 dias entre a aplicação do herbicida e a semeadura da soja), uma testemunha e quatro repetições. A semeadura da soja foi realizada aos 0 dias de aplicação.

A fitointoxicação, massa seca e teor de clorofila foram avaliados 20 dias após a semeadura, os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F.

 

Os resultados do teor de clorofila não diferiram estatisticamente para as dosagens em ambos os solos, sendo que para o solo arenoso a época que apresentou o menor teor de clorofila foi aos 0 dias de aplicação, os demais períodos não diferenciaram-se da testemunha, enquanto que para o solo argiloso os menores valores foram constatados aos 45 e 0 dias de aplicação, respectivamente.

Para o solo arenoso, os maiores valores de fitointoxicação foram observados quando utilizado a dose de 2.500 g i. a. ha-1, à medida que para o solo argiloso os resultados não diferiram-se em relação as doses. No entanto, para ambos os solos foram verificados os maiores valores de fitointoxicação aos 0 e 15 dias de aplicação, respectivamente, enquanto que as demais épocas não diferiram da testemunha. Os maiores valores de matéria seca foram observados na menor dose e os menores aos 0 dias de aplicação, em solo arenoso. Em solo argiloso os teores de matéria seca não se diferenciaram em relação as doses, sendo constatado os menores valores aos 0 e 15 dias de aplicação, os quais não diferiram entre si.

 

É possível concluir que os períodos de 0 e 15 dias de aplicação apresentaram os maiores valores de fitointoxicação e consequentemente, os menores valores de clorofila e massa seca. Em solo arenoso, a menor dose proporcionou maior valor de massa seca enquanto que a maior ocasionou fitointoxicação superior.

Palavras-chave: Herbicida, Interferência.

Informações do autores:     

1Graduanda em Agronomia – UNEMAT, Tangará da Serra – MT;

2UNEMAT, Tangará da Serra – MT;

3Graduanda (o) em Agronomia – UNEMAT, Tangará da Serra – MT.

4UNEMAT, Tangará da Serra – MT;

5Mestranda em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola, Tangará da Serra – MT.

Disponível em: Anais do II Simpósio Nacional sobre Plantas Daninhas em Sistemas de Produção Tropical, Alta

Floresta – MT , Brasil.

 

 

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