30 maio de 2017
Brasil – Agricultura – Embrapa, Cotriel e Emater realizaram Encontro Sobre o Trigo

Nesta sexta-feira, 26, na Afeco, o tema “Manejo de trigo para rentabilidade” levou mais de 150 produtores de Espumoso e região ao encontro promovido pela Cotriel, Embrapa Trigo e Emater. O objetivo do evento, que está sendo realizado em várias partes do estado com produtores sócios de outras cooperativas é apontar estratégias de manejo capazes de assegurar o rendimento do trigo ao menor custo de produção possível. Apesar das estimativas para redução de área de trigo nesta safra, muitos produtores seguem apostando na cultura. Atualmente, são 66 cultivares de trigo disponíveis no mercado para o Rio Grande do Sul e 64 cultivares indicadas para Santa Catarina.

 

O chefe do escritório da Emater de Espumoso, Lauro Colle ressaltou o papel do trigo na sustentabilidade das propriedades por ser uma cultura que deixa residual de nutrientes por meio da palhada.

O chefe geral da Embrapa Trigo de Passo Fundo, Osvaldo Vasconcelos Veira, saudou a iniciativa de a Cotriel e a Emater realizarem o evento. Ele lembrou que um trabalho de pesquisa em parceria com algumas cooperativas tem sido feito, a partir de uma parceria com a Fecoagro, que em 2017 entra no segundo ano seguido. “Temos nos empenhado em buscar o desenvolvimento de um trigo tipo exportação, que pretende ser uma alternativa na qual os produtores podem encontrar a tão necessária comercialização para o cereal que produzem no campo”, comentou.

 

O presidente da Cotriel, Leocezar Nicolini enfatizou a importância de discutir a sustentabilidade e a liquidez para a cultura do trigo. Ele salientou que as políticas do governo precisam acompanhar o produtor : “Nos mecanismos de PEP e PEPRO oferecidos pelo Governo Federal,, foram comercializados 26 navios de trigo para exportação. Destes, cinco ficaram no Brasil e foram para o Nordeste e os outros 21 foram para ração. As cooperativas tem esperado mais medidas e discutido saídas para o trigo, como subsídios e auxílio de comercialização, mas é pouco provável que aconteça algo de novo, pois sequer o Governo cumpre o preço mínimo. Precisamos buscar alternativas e a pesquisa e a assistência técnica são os caminhos para que consigamos melhorar a rentabilidade e reduzir custos de produção”, disse

 

Para o pesquisador Eduardo Caierão a escolha da cultivar deve considerar uma série de fatores como: liquidez (qualidade demanda pela indústria e oportunidades de segregação); tolerância a doenças, germinação na espiga ou acamamento considerando as previsões climáticas e a rotação de culturas da área; e potencial de rendimento associado ao custo de investimento mínimo exigido pela cultivar, como adubação ou redutor de crescimento.

 

Para o pesquisador João Leonardo Pires, o casamento de trigo no inverno com a soja no verão ainda é a melhor opção para o produtor gaúcho. “Sabemos que a cultura de maior importância econômica é a soja. Por isso mesmo, é preciso saber aproveitar o inverno para garantir o melhor resultado no verão”, alerta Pires, destacando o papel do trigo no controle de plantas daninhas, na diluição de custos na propriedade ao longo do ano, no melhor aproveitamento do maquinário e mão-de-obra e na fertilidade do solo.

 

De acordo com o pesquisador José Eloir Denardin, a média nacional de produção de soja estagnou no ano 2000, com 2.700 kg/ha. “O limitante está no solo, já que os demais fatores tecnológicos continuam evoluindo, com cultivares mais produtivas, defensivos mais eficientes, novos conhecimentos em manejo”, explica Denardin, respaldando as práticas que estão sendo adotada pelo produtor de Humaitá: “Os microorganismos precisam da palha e as raízes do inverno para decompor, tornando o solo mais poroso e com maior teor de matéria orgânica”.

 

Segundo o zoneamento agrícola determinado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA, a recomendação é que o plantio de trigo seja feito no período compreendido entre 20 maio até 10 julho, podendo variar conforme o município e conforme a cultivar. O aumento dos estoques mundiais de trigo, a baixa no preço das commodities e a elevação na cotação do dólar encarecendo os custos de produção são alguns dos fatores que podem repercutir na implantação das lavouras de trigo nesta safra.

 

De acordo com dados do IBGE e a Comissão Municipal de Estatística Agropecuária, a área plantada em Espumoso será de 10 mil hectares, redução de 9,1% em relação ao ano passado. Nos 10 municípios que a Cooperativa tem Unidades, o total de lavouras não passará de 11 mil hectares. Conforme o assessor de grãos e fomento da Cotriel, Cristiano Corazza, a tendência é que as variedades mais plantadas este ano na região da Cooperativa sejam a TBIO Sineulo, e TBIO Torkuk.

Fonte: Cotriel

Texto originalmente publicado em:
Cotriel
Autor: Cotriel

 

 

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