21 nov de 2017
Brasil – Agricultura – Encontro técnico vai debater manejo para plantas invasoras

A Emater, Prefeitura de Assis Chateaubriand e Instituto Federal do Paraná, apoiados por diversas entidades ligadas ao setor, reúnem na quinta-feira (23/11) agricultores e técnicos da região de Toledo para discutir soluções integradas para o controle de ervas daninhas da cultura da soja.

 

Agravamento – O problema que já preocupava os plantadores de soja e profissionais da área agronômica se agravou neste início da nova safra, em função das condições do clima: frio rigoroso no inverno e a estiagem no período próximo ao plantio.

 

Palestrante – O tema será abordado pelo pesquisador da Embrapa/Soja, Fernando Storniolo Adegas, que apresentará as particularidades ocorridas nesta safra para o controle de plantas daninhas e, ao mesmo tempo, abordará estratégias para fazer frente a possíveis resistências que estejam ocorrendo frente ao controle feito com herbicidas.

 

Principal planta – O engenheiro agrônomo Adalberto Telesca Barbosa, coordenador regional da Emater em Toledo, explica que a principal planta invasora com maior dificuldade no controle nesta safra é a buva, que sem um controle adequado compete com as plantas de soja por nutrientes e luminosidade diminuindo a produtividade da cultura.

 

Muitos produtores – “E o problema não é apenas esse. Acontece que para enfrentar a dificuldade, temos muitos produtores na região apelando para o uso de grades pesadas no preparo do solo antes do plantio. Este é um equipamento que traz sérios complicadores para a conservação do solo, e que por essa mesma razão tinha sido aposentado pelos produtores lá pelos fins da década de 80, com a introdução da tecnologia do plantio direto”.

 

Movimentação do solo – O extensionista conta que a movimentação do solo com a grade pesada para fazer o controle da buva e outras plantas invasoras antes do plantio, além de não ter a eficiência desejada, aumenta significativamente os riscos de erosão com a consequente diminuição da fertilidade do solo.

 

Chuvas – “Com as fortes chuvas registradas neste último mês, é fácil sair a campo hoje e comprovar os problemas que esta prática pode trazer para a preservação do potencial produtivo das lavouras e a ameaça que representa para a boa conservação dos recursos naturais”, diz Barbosa.

 

Boas práticas – Ele comenta que a Emater, com respaldo da pesquisa, defende que o agricultor adote em sua propriedade um conjunto de boas práticas agrícolas, as quais somadas à ferramenta química seja eficiente para o problema representado pelas possíveis resistências de ervas daninhas aos herbicidas.

 

Soluções – Segundo ele, essas soluções estão sendo aplicadas em várias propriedades atendidas por técnicos do Instituto com ótimos resultados. São tecnologias que, além de ajudar no controle do mato, contribuem com a conservação do solo e aumento da produtividade da cultura da soja.

 

Alternativas – Entre essas alternativas, o extensionista destaca o cultivo da brachiária em consórcio com o milho safrinha, cultura que antecede a lavoura de soja. “Esse consórcio entre as duas plantas não compromete a produtividade do milho e por outro lado é capaz de promover uma boa cobertura vegetal do solo que, em função do sombreamento que produz, dificulta a emergência das plantas invasoras, inclusive da buva”, diz.

 

Conservação – Outro benefício obtido com a tecnologia, relata Adalberto, é a conservação do solo, porque a palhada que fica sobre o terreno facilita a retenção da água da chuva, evitando o processo de erosão. Essa água armazenada na própria lavoura pode ser essencial em períodos de estiagem, fazendo com a cultura da soja leve mais tempo para sentir os efeitos da escassez de chuva. Sem esquecer, ainda, que o sistema radicular da brachiária após se decompor dá ao solo maior porosidade, facilitando o crescimento da raiz da própria soja. E a planta aproveita essa condição favorável para extrair maior volume de nutrientes e produzir mais grãos. Destaca também que outras alternativas de plantas de cobertura do solo se adaptam ao sistema como a aveia, o nabo, entre outras.

 

Novos problemas – Para concluir, o técnico alerta para o surgimento de novos problemas. “É que já existem várias outras plantas invasoras na fila, dando sinais de que podem se tornar resistentes à ação dos herbicidas. Então, esse debate que fazemos agora é importante também para nos preparar para o enfrentamento de dificuldades ainda não conhecidas”.

 

Apoio – A Emater do município e a Prefeitura promovem essa reunião técnica no Auditório do Instituto Federal, em Assis Chateaubriand, a partir das 14 horas, com o apoio da Embrapa, C. Vale, Conselho de Sanidade Agropecuária do Município, Associação dos Engenheiros Agrônomos, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato Rural, I. Riedi, Siloti e Agropar.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná, disponível no site da Ocepar

 

 

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