Foram divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) os novos dados de exportações semanais de milho, que trouxeram um volume de 1,21 milhão de toneladas exportadas para a safra 2016/17. As exportações desta safra registram envios acima do usual para o período, e um total de 45,28 milhões de toneladas já foram escoadas. Os números são 32,5% maiores que os do exercício anterior, quando registrava um acumulado de 34,17 milhões de toneladas. Deste modo, como faltam apenas dez semanas para o fim deste ano-safra, caso o ritmo de 1,12 milhão de toneladas siga nos próximos relatórios, os envios têm potencial para alcançar a previsão do USDA, de um acumulado de 56,5 milhões de toneladas a serem exportadas. Porém cabe salientar, que mesmo com este elevado volume de exportações, os estoques finais estimados serão os maiores desde a safra 1988/89, de 58,30 milhões de toneladas.
Destaques do boletim:
Com a colheita do milho 16/17 tomando forma, aproxima-se o momento no qual o mercado se volta para escoar o grão de MT. E uma grande parcela deste milho tem o exterior como destino, o que acaba por tornar o preço altamente dependente dos gastos de envio aos portos. Desta forma, o frete alto, em conjunto com as baixas cotações praticadas no Estado, faz com que o cenário não seja bom. Em Sorriso, no mês de junho do ano passado o milho disponível estava cotado a R$ 34,21/sc, enquanto o frete Sorriso-Santos estava a R$ 16,14/sc, com diferença de R$ 18,07/sc. No entanto, neste ano a diferença de apenas R$ 0,81/sc denota que o custo para escoar o cereal logo poderá estar mais alto que o seu preço. Assim, nos próximos meses, a alta produção, unida à indisponibilidade de armazéns em MT, pode pressionar os fretes. Desta forma, a dependência logística do cereal reforça a necessidade de melhoria neste aspecto e na agregação de valor ao grão dentro do Estado.
Fonte: Imea