De acordo com o último levantamento divulgado pela Embrapa, há mais de 55 relatos de ferrugem em seis estados – Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Além do plantio mais cedo, segundo a pesquisadora da Embrapa Trigo, Leila Costamilan, as plantas de soja voluntárias (guaxas) com ferrugem que sobraram do vazio sanitário e as condições favoráveis, com chuvas bem distribuídas, fez com que as primeiras ocorrências fossem antecipadas em até um mês em relação à safra 2017/18.
A pesquisadora afirma que a dificuldade para manejar a doença será ainda mais complexa nos estados em que a semeadura foi mais tardia, a exemplo do Rio Grande do Sul. Nessa safra, a pesquisadora diz que as chuvas frequentes e em altos volumes, em outubro, atrasaram os plantios. Além disso, elas também fizeram com que, em algumas áreas, ocorressem replantios devido à morte de soja, causada pela doença podridão radicular de fitóftora. Mesmo assim, a ferrugem foi relatada 10 dias mais tarde, nesta safra, do que na safra 2017/18.
A pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, enfatiza a necessidade de se intensificar o monitoramento da doença e também manejar adequadamente a ferrugem. Godoy orienta os produtores a consultarem os resultados de eficiência dos fungicidas para o controle da ferrugem e utilizar os multissítios para aumentar a eficiência de controle.
Com informações: Embrapa Soja