Objetivou verificar a capacidade de proteção de sementes de soja em virtude da prévia aplicação de fungicidas foliares no campo.
Autores : H.S. RAMOS1,2; M.M. ARAUJO1,2; A.B.O. BARBOZA1,2; R.F. DOMINGUES1,2; M.A. OLIVEIRA FILHO1,2; N.R.S. ZACARIAS1,2; B.F. SOUSA1,2; L. dos S. NASCIMENTO1,2; T.P. MORAIS1,3; F.C. JULIATTI1,4.
Resumo
O uso do controle químico, em especial fungicidas, na cultura da soja tem-se tornado prática rotineira no campo. Este trabalho objetivou verificar a capacidade de proteção de sementes de soja em virtude da prévia aplicação de fungicidas foliares no campo.
Foram utilizados oito produtos químicos e um produto biológico aplicados em diferentes combinações e sequências durante o ciclo de desenvolvimento da cultura da soja (V6, R3, R5.3 e R5.5). Após colheita, as sementes foram levadas ao laboratório e procedeu-se ao teste de sanidade (blotter test), em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. As sementes foram incubadas sob condições de 12 horas de fotoperíodo e temperatura de 22±3ºC durante sete dias.
Os percentuais de incidência de fungos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. De maneira geral, observou-se incidência de Colletotrichum truncatum (0 – 1,75%), Cladosporium spp. (4 – 49,25%), Cercospora kikuchii (0,25 – 18,25%), Penicillium spp. (0 – 2,25%), Phomopsis sojae(0 – 0,75%), Rhizopus spp. (6,5 – 15%), Fusarium solani (8,5 – 40,5%) e eventuais contaminações com Aspergillusspp. (em apenas dois tratamentos avaliados).
O produto biológico destacou-se no controle de Cladosporium spp. (96%) e de C. kikuchii (99,75%). A combinação de ciproconazol + trifloxistrobina (pulverizados nos estádios V6 e R5.5) seguida de protioconazol + trifloxistrobina (em R3 e R5.3) configurou melhor controle sobre F. solani.
Sugere-se possível efeito residual dos produtos aplicados a campo, embora a ocorrência de fungos nas sementes esteja na dependência também de suas condições de armazenamento.
Palavras-chave: Proteção de sementes; Blotter test; Análise de sanidade.
Informações dos autores:
1Laboratório de Micologia e Proteção de Plantas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU);
2Estudante de Graduação em Agronomia, UFU;
3Pós-doutoranda, PNPD/CAPES;
4Professor Titular, UFU.
Disponível em: Anais do 50º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, Uberlândia – MG, Brasil.
Fonte: Mais Soja