O Ministério da Agricultura propôs à equipe econômica do governo um corte de 2 pontos percentuais para as taxas de juros das linhas para custeio do Plano Safra 2018/19 e de 2,5 pontos percentuais nas linhas de investimento.
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, esteve recentemente com o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tratando do tema. As propostas do Ministério da Agricultura encontram resistência na equipe econômica.
O desejo do Ministério da Agricultura é que as taxas de juros das operações de custeio – as mais demandadas pelo setor empresarial da agricultura – caiam para 6,5% por ano na safra 2018/19, que começa oficialmente em julho próximo. No Plano Safra 2017/18, que está em vigor, a taxa das linhas de custeio é de 8,5% por ano.
Além disso, a Pasta também propôs à equipe econômica reduzir o custo dos contratos de investimentos para até 4% ao ano no caso das linhas PCA (armazenagem) e Inovagro (inovação). Atualmente, as taxas de juros das duas linhas são de 6,5%.
No caso do Programa ABC (linhas para recuperação de pastagens) e do Moderinfra (irrigação), a intenção do Ministério da Agricultura é reduzir a taxa de juros de 7,5% ao ano para 5%.
O Ministério da Fazenda resiste a reduzir os juros dos financiamentos ao agronegócio para um patamar abaixo da taxa básica de juros (Selic), que está em 6,5% ao ano. O argumento da Fazenda é que essa taxa de referência da economia já está em um nível “baixo demais”, o que dificulta que os juros dos empréstimos rurais sejam inferiores à Selic, como tem sido a tônica no histórico recente.
Fonte: Valor Econômico