Depois de passar a maior parte de julho com altas temperaturas e pouca quantidade de chuva nos EUA, a nova safra de soja norte-americana já tem possibilidade de apresentar reflexos sobre a produtividade. O último relatório do USDA de condições das lavouras no país apontou que 57% das áreas estão em boas/excelentes condições, sendo este valor 14 p.p. abaixo ao do mesmo período da safra passada. Com o mês de julho se encerrando, o mercado climático tende a adentrar agosto sendo um dos principais fatores de impacto às movimentações das cotações internacionais do grão, devido a agosto ser o mês-chave para a consolidação da produtividade da soja no país. Caso as previsões meteorológicas atuais de clima mais úmido em agosto se concretizem, parte das lavouras que foram prejudicadas com o clima deste mês pode apresentar uma melhora, o que refletirá diretamente sobre as cotações internacionais da oleaginosa.

 

Destaques do boletim:

• O preço da soja em grão de MT encerrou a semana com baixa de 2,96%, com valor médio de R$ 54,76/sc. A movimentação esteve atrelada à CBOT e ao dólar, que fecharam no lado negativo.
• O dólar chegou ao fim da última semana com regressão de 2,41%, registrando média de US$ 3,16. A não aprovação do projeto de saúde do presidente dos EUA foi um dos reflexos do câmbio.
• A relação de troca dos insumos ante o preço da paridade para a safra 17/18 registrou ganho de 3,23% na última semana, refletindo o recuo nos preços de paridade da soja em grão para mar/18.
• A margem bruta de esmagamento demonstrou queda de 7,71%, com média de R$ 157,96/t. Apesar de o grão ter apresentado uma retração semanal, os seus derivados regrediram em proporção ainda maior.

No mês de junho o esmagamento da soja em grão de Mato Grosso foi de 744,8 mil toneladas. Apesar de esta quantidade ter registrado recuo mensal, sendo inclusive inferior a jun/16, a quantidade total processada do grão no 1º semestre deste ano é recorde no Estado. Isso deve-se, em grande parte, à maior oferta de soja na safra atual, que refletiu no recuo do preço do grão, estimulando o processamento. No entanto, este resultado não está em compasso com a margem bruta de esmagamento, que no 1º semestre registrou a menor média desde 2012, devido ao recuo no preço dos subprodutos ter sido superior ao do grão. Para o 2º semestre deste ano é esperado um volume ainda intenso de processamento do grão, apesar da margem bruta reduzida atualmente. Entretanto, uma alteração no período de manutenção das fábricas que vem sendo observada em 2017 pode trazer modificação na sazonalidade dos volumes mensais esmagados em relação aos anos anteriores.

 

O boletim completo pode ser acessado aqui.

Fonte: Imea

 

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