22 abr de 2021
Brasil – Agricultura – Quais os principais desafios da nutrição e do manejo na cultura da cebola?

Daniel Teixeira, engenheiro agrônomo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em cebola na Yara Brasil, elenca três nutrientes fundamentais para o cultivo. Evento online e gratuito da companhia no próximo dia 29 trará informações
técnicas e mercadológicas sobre a cultura

A cebola chegou ao Brasil por meio dos açorianos, no século XVIII, e até hoje é um dos principais alimentos no cultivo e na mesa do brasileiro. Porém, os produtores que atuam nesta área ainda enfrentam um desafiador dilema: se a ‘boca’ desta planta é a raiz, como alimentar com eficiência uma ‘boca’ tão pequena?

Para responder esta questão, é vital entender a fundo, primeiramente, a aplicação do conceito dos 4’Cs (Dose Certa, Época Certa, Local Certo e Fonte Certa), que faz sentido para diversas culturas e é amplamente difundido pelo International Plant Nutrition Institute (IPNI). Além disso, devemos também zelar pela manutenção e atividade do sistema radicular da cebola durante todo o ciclo de cultivo.

E para entender com profundidade estes itens, Daniel Teixeira, engenheiro agrônomo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, especializado em fertilidade dos solos e nutrição de plantas, e também especialista agronômico da Yara Brasil, elenca três nutrientes fundamentais para o cultivo, com detalhes de sua atuação:

• Fósforo (P): possui um papel fundamental no desenvolvimento inicial e na produtividade da cebola e é considerado o elemento com maior nível de resposta. Como o mecanismo de absorção, ocorre principalmente por difusão, o nutriente é absorvido em espaços mínimos. Para melhorar sua eficiência, se inicia com o processo de distribuição do fertilizante. Porém, vale alertar que fertilizantes com formulações de mistura NPK convencionais sofrem com o que chamamos de ‘segregação de grânulos’. Este item terá problemas de uniformidade, ou seja, de estar localizado próximo das raízes das plantas e não de maneira uniforme, em toda a área de cultivo.

• Nitrogênio (N): é o primeiro em quantidade absorvida, e vem após o fósforo em termos de resposta de produção. Para este nutriente, as estratégias para atingir a absorção radicular são também muito importantes. Fontes amídicas, como a ureia, tem um grande potencial de perda por volatilização, além de causar desbalanço iônico na planta, devido à predominância de cargas positivas. O mesmo vale para fontes exclusivamente amoniacais em termos de desbalanço – como o sulfato de amônio, DAP e outras fontes amoniacais. Estes produtos resultam em um fluxo menor de absorção para as fontes nítricas, uma vez que a sua carga positiva é atraída pela carga negativa do solo, o que pode dificultar a disponibilidade do nutriente, sobretudo em momentos de alta demanda. Essa característica também tem uma influência negativa em virtude do escasso sistema radicular da cebola.

• Potássio (K): segundo nutriente em ordem de absorção, o potássio possui um papel fundamental na estrutura da planta, além de diversos processos fisiológicos. É vital conhecer e selecionar bem a fonte de fertilizante a ser utilizada com o produto, pois esse preserva todo o sistema radicular das plantas. Com o nutriente, trabalhamos por meio de duas fontes: a base de cloreto de potássio, que possui alto efeito salino sobre as raízes do planta, provocando desidratação e, em casos mais graves, a morte da planta; e a base de fontes menos salinas de potássio, que são estratégicas para a preservação radicular. Ou seja, comparando ambas, o cloreto de potássio tem índice salino de 116%, enquanto o sulfato de potássio tem 46% – uma diferença considerável em termos de salinidade. Experimentos demonstraram ganhos de até 10% de produtividade na substituição de cloreto por sulfato de potássio, além da garantia no aporte de enxofre.

O conhecimento sobre a nutrição de plantas e a adoção das melhores práticas formam uma combinação fundamental para o sucesso de qualquer cultura. “Hoje, os produtores têm à disposição muitas opções e a decisão de investimento é de extrema importância para os resultados obtidos. Existem no mercado fertilizantes de alta tecnologia, que conseguem trazer maior produtividade para a cultura da cebola em um tempo menor de colheita, resultando em uma lavoura mais rentável e sustentável”, finaliza Teixeira.

Para disseminar informação de qualidade sobre a cultura da cebola, a Yara Brasil, líder mundial em nutrição de plantas, realizará em 29 de abril, o Seminário GranCebola 2021, a partir das 17h. O evento é gratuito e trará um panorama do mercado nacional e dicas para os produtores aumentarem a produtividade e a rentabilidade. Além de especialistas da empresa, participarão também da programação Marina Marangon, do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), e Rafael Corsino, da ANAPA (Associação Nacional dos Produtores de Alho).

Para mais informações do evento, acesse o site .

Sobre a Yara

A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, cultiva conhecimento para alimentar o mundo e proteger o planeta de forma responsável. Para concretizar esses compromissos, desenvolve ferramentas agrícolas digitais destinadas à agricultura de precisão e trabalha em estreita colaboração com seus parceiros em toda a cadeia de valor de alimentos. Fundada na Noruega, em 1905, para resolver a emergente crise de fome na Europa, está presente no mundo todo, com mais de 17 mil colaboradores e operações em mais de 60 países, com um objetivo comum: ser a empresa de nutrição de plantas do futuro. Em 2020, a companhia passou a adotar uma nova estrutura global organizacional, com operações direcionadas para suas unidades regionais (Américas, Europa, Ásia/África), uma unidade de Plantas Globais/Excelência Operacional, e uma nova função de Farming Solutions, refletindo maior foco no cliente.

No Brasil, a Yara está presente em todos os principais polos agrícolas – são 5 unidades de produção de fertilizantes e misturadoras em mais de 20 cidades, além de 2 escritórios corporativos. Com 6,2 mil colaboradores, a empresa busca desenvolver soluções nutricionais sustentáveis para todos os perfis de produtores e culturas, colaborando com o crescimento da agricultura e o protagonismo do país no desafio de alimentar uma população mundial crescente. Desde que se instalou no Brasil, na década de 70, a Yara vem trabalhando para fomentar a produção nacional de fertilizantes, reduzindo a dependência de importação de matéria-prima e, consequentemente, o custo final dos insumos ao produtor. A companhia também fornece soluções industriais para a redução de poluentes, melhorando a qualidade do ar das cidades.

Fonte: Assessoria de imprensa da Yara

Oferecimento:

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