25 jan de 2021
Brasil – Agricultura – Rio Grande do Sul: Predominância de tempo firme contribui para o desenvolvimento do arroz

A predominância de tempo firme, com elevadas temperaturas e dias ensolarados, e a disponibilidade de água via irrigação contribuem para o desenvolvimento do arroz. No entanto, a ocorrência de chuvas esparsas e de baixo volume no Estado tem acarretado menor capacidade de recarga dos níveis de água dos mananciais.

Na região da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, com 14% da área da cultura do Estado, as primeiras lavouras entraram na fase de enchimento de grãos; somadas às em floração, chegam a 40%. Continuam as práticas culturais de adubação em cobertura e o monitoramento e controle de pragas e doenças, além da irrigação. O desenvolvimento da cultura é muito bom, beneficiado pelas chuvas da última semana. Os cuidados com as reservas permanecem, pois embora importantes, as chuvas ainda não foram suficientes para a reposição de água.

Na regional de Soledade, mais uma semana de temperatura e radiação solar favoráveis para a cultura, clima que, associado à água de irrigação por inundação, proporciona ótimas condições de crescimento e desenvolvimento do arroz. O aspecto geral das lavouras é de verde característico e com ótimo potencial de produção. Para não faltar água ao longo do ciclo da cultura, muitos agricultores racionam o recurso formando uma lâmina mínima de água nos quadros, e em alguns casos a lavoura é manejada com banhos periódicos. O volume maior de chuva na região arrozeira nesse final de semana revitaliza parcialmente cursos e reservatórios, porém ainda é insuficiente na maior parte da região para o curso atingir os níveis normais de água. Em áreas com plantios mais tardios, orizicultores continuam o controle de plantas invasoras em pós-emergência e a adubação nitrogenada em cobertura. Das lavouras de arroz, 65% estão em desenvolvimento vegetativo e 35% em florescimento.

Na de Bagé, com 40% da área de arroz do Estado, a expectativa de aumento de área não se confirmou devido à limitação imposta pelos reservatórios de água que, em parte dos municípios da região, não atingiram a totalidade de armazenamento. As lavouras de arroz seguem com bom desenvolvimento. Os volumes precipitados acumulados foram bastante positivos para aperfeiçoar a irrigação e permitiram a melhoria dos níveis dos reservatórios. Na maior parte da Campanha e em parte da Fronteira Oeste (São Gabriel, Rosário do Sul), estima-se que a água disponível será suficiente para manter a irrigação até o final do ciclo. Mesmo onde as reservas estão parciais, caso de Uruguaiana, as precipitações serviram para diminuir consideravelmente o número de produtores que precisavam interromper o fluxo de água a cada 10 ou 15 dias, a fim de dispor de reservas até o final do ciclo da cultura. Em relação ao aspecto fitossanitário, as aplicações de ureia na fase de iniciação do primórdio floral – IPF são realizadas em cultivos com maior nível de investimento. Lavouras com excelente sanidade, mesmo as de cultivares mais suscetíveis à brusone e às manchas foliares, que se beneficiaram com o clima ensolarado e com o reduzido número de horas com molhamento foliar.

Na de Pelotas, que corresponde a 17% dos cultivos gaúchos, a área semeada superou em 2% as intenções iniciais de plantio. O arroz está predominantemente em desenvolvimento vegetativo, mas nesta semana já deverá predominar o florescimento na maioria das áreas. As plantas de arroz apresentam bom desenvolvimento, dentro da normalidade, com bom estande de lavoura e condições de sanidade normais. Produtores seguem com os manejos culturais. As reservas de água estão nos patamares adequados e suficientes para a irrigação das áreas planejadas e já semeadas.

Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, os níveis ainda muito baixos dos reservatórios de água para irrigação preocupam os produtores. As chuvas ocorridas não contribuíram de forma significativa para a normalização de açudes e barragens. Orizicultores realizam tratos culturais nas lavouras, principalmente a irrigação. As lavouras encontram-se em pleno estádio reprodutivo.

Na de Porto Alegre, as lavouras de arroz se encontram em diversos estágios: desenvolvimento vegetativo, florescimento e início do enchimento de grãos. O nível dos arroios e reservatórios encontra-se bastante baixo, preocupando os agricultores; há falta de água para irrigação em lavouras. A chuva da última semana ameniza a situação, mas não foi suficiente para recuperar o volume de água necessário à irrigação da cultura. O estado fitossanitário é muito bom. Porém, as condições climáticas da semana são propicias à brusone. Lavouras apresentam-se sem pragas e doenças e com bom desenvolvimento.

Mercado (saca de 50 quilos)

O levantamento semanal da Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul identificou que o preço médio do arroz teve redução, ficando em R$ 92,65/sc.

Na regional de Pelotas, os preços variam entre R$ 89,00 e R$ 100,00/sc.; na de Bagé, entre R$ 85,00 e R$ 100,00; em Soledade, está a R$ 89,00; em Santa Rosa, o preço chegou a R$ 90,00, e em Porto Alegre, a R$ 99,00. Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, o preço médio baixou para R$ 86,43/sc.

Fonte: Emater/RS-Ascar – Disponível em Informativo Conjuntural – nº 1642

Texto originalmente publicado em:
Emater/RS-Ascar
Autor: Informativo Conjuntural – nº 1642

Fonte: Mais Soja

Oferecimento:

77 9 9926-6484 / 77 9 9979-1856