Em outubro a quantidade esmagada de soja em MT foi de 880,51 mil toneladas, registrando o maior acumulado de janeiro a outubro desde 2008, de 7,86 milhões de toneladas. Nota-se que o volume processado registrou aumento de 21,40% ante setembro, que ainda não apresentava números inéditos. Isso deve-se, principalmente, ao óleo de soja, principal produto do processamento da soja em grão, que tem apresentado uma demanda aquecida que vem puxando o processamento do grão nos últimos meses. O que também vem propiciando a alta no esmagamento são os consideráveis volumes disponíveis da soja em grão no mercado, bem como a alteração no período de manutenção das fábricas que vem sendo observada em 2017, trazendo modificações à sazonalidade dos volumes mensais esmagados. Com esse cenário, espera-se que o esmagamento até o fim do ano permaneça em ritmo aproximado ao registrado nos últimos meses.

 

Destaques do boletim:

• Na última semana, o preço interno da soja em grão exibiu perda de 1,02% em MT, encerrando com média de R$ 57,79/sc. A desvalorização foi refletida, principalmente, pelas cotações da CBOT.

• O contrato para jan/18 em Chicago registrou queda de 1,61%. O recuo foi pautado, principalmente, em razão da melhora das condições climáticas sobre as lavouras sul-americanas.

• O dólar apresentou uma valorização na última semana de 0,45%. A especulação acerca da continuidade da agenda reformista do governo brasileiro teve maior impacto sobre os ganhos.

 

• As exportações de soja durante o mês de outubro registraram queda de 69,67%, devido, principalmente, à redução do fluxo de exportação brasileira neste final de ano.

Com a colheita de soja e milho da safra 17/18 dos EUA entrando na reta final, o produtor norteamericano já inicia a especulação do tamanho da próxima safra. Para essa escolha, é muito utilizado o índice de equivalência entre os preços de soja e milho para determinar o tamanho da área das duas culturas. Observa-se que desde junho a relação vem apresentando gradativo aumento, atingindo em novembro patamar de 2,73, bem acima do padrão histórico da relação de 2,2, o que sugere uma vantagem do aumento da área de soja em relação ao milho. Cabe salientar que os patamares estão ainda maiores do que o observado na safra 17/18, em que ocorreu um aumento substancial da área de soja dos Estados Unidos. Caso o índice continue elevado nos próximos meses e um novo aumento de área seja confirmado na próxima safra, isso poderá pesar sobre as cotações em Chicago.

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Fonte: IMEA

 

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