04 jun de 2017
Brasil – Agronegócio sustenta alta do PIB, mas cenário atual ainda exige cautela

Secretário de Política Agrícola, Neri Geller, diz que já esperava por desempenho positivo do setor no primeiro trimestre deste ano

POR RAPHAEL SALOMÃO, DE SÃO PAULO (SP)

O secretário de Política Agrícola do Minitério da Agricultura, Neri Geller, disse, nesta quinta-feira (1/6), que já esperava um crescimento do PIB da Agropecuária brasileira neste primeiro trimestre. Ele avaliou que o desempenho do setor é motivo de comemoração, mas não se deve deixar de lado a cautela diante do atual momento da economia brasileira.

“Temos que ter cautela porque o momento é muito difícil da economia do Brasil, mas, com certeza, quem esta ajudando muito a economia é o agronegócio”, disse Geller, durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2017 e 2018, realizado pela B3, em São Paulo (SP).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agropecuária brasileira cresceu 15,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período em 2016. Em relação ao quarto trimestre do ano passado, o crescimento do setor foi de 13,4%.

Neri Geller destacou como fator positivo o forte crescimento de 44 milhões de toneladas da produção agrícola na safra 2016/2017, de 188 milhões para 232 milhões de toneladas de grãos, conforme as estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele atribui a esse desempenho à motivação dos produtores em incorporar tecnologia e agregar valor à produção.

“A engrenagem está andando forte. E isso que veio hoje, para mim, não é novidade”, disse o secretário.

Também durante o seminário, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk, creditou à agropecuária o maior responsabilidade pelo crescimento na economia brasileira no primeiro trimestre. Segundo ele, o setor respondeu por 0,8% do 1% registrado no intervalo de janeiro a março deste ano na comparação com o último trimestre de 2016.

 

“Uma safra sensacional. O PIB é muito afetado pela agricultura no primeiro trimestre. O período é pesado na agricultura, mas se espalha pelo resto da economia”, disse ele, ao falar sobre perspectivas para a economia brasileira.

O economista Alexandre Schwartsman também destacou o peso do setor na economia. Para ele, o que falta para o país crescer mais é uma recuperação da demanda interna. “Sem o agronegócio, dificilmente o PIB teria esse crescimento no primeiro trimestre”, disse.

 

Revista Globo Rural

 

 

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