Agosto registrou o maior número de abate de bovinos em Mato Grosso desde julho de 2014, divulgou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) em boletim nesta segunda-feira. Segundo o Indea-MT, foram abatidas 496,9 mil cabeças no Estado no mês, alta de 13,12% ante julho e de 24,9% na comparação com agosto de 2016. “Com as exportações de proteína bovina mato-grossense rompendo recordes e o aparente reaquecimento da demanda interna (cotações da carne com osso no atacado evoluindo nas últimas semanas), o abate de animais encontra sustentação na demanda para poder avançar ainda mais nos próximos meses”, diz o relatório.
Entre as categorias, houve aumento no abate de machos e fêmeas em relação a jullho de 2017, com avanço de 18,84% e 5,1%, respectivamente. Já a quantidade de animais terminados com menos de 24 meses cresceu 48,41%, resultado da intensificação das entregas dos bovinos advindos de confinamentos, segundo o instituto.
Com uma maior resistência dos produtores para entrega, as cotações da arroba continuaram em alta na semana com aumento de 4,26% para a do boi gordo, que fechou em R$ 131,20, e de 3,61% no caso da vaca gorda (R$ 123,79).
Relação de troca – Com o fim da colheita de milho safrinha – que, segundo o Imea, totalizou pouco mais de 30,45 milhões de toneladas em Mato Grosso -, as cotações do grão continuam baixas no Estado. Com isso, aparece uma boa oportunidade de negócio para os pecuaristas. Em agosto, as cotações de milho chegaram a atingir R$ 12,04/saca, menor valor desde setembro de 2014, enquanto a arroba vem se recuperando. “A relação de troca entre o milho e o boi gordo atingiu em agosto o melhor valor para os pecuaristas desde setembro de 2014, sendo possível adquirir 9,96 sacas com a venda de uma arroba de boi gordo, o que pode ser um estímulo aos produtores a suplementar seus animais”.