A agtech gaúcha PMP Alimento Importa desenvolveu uma plataforma para agregar valor à pecuária “grass feed” (a pasto) no bioma do Pampa. A iniciativa, criada há pouco mais de dois anos, surgiu com um pai produtor de cordeiros e seu filho, especialista em logística.

A proposta é levar transparência desde o produtor até o consumidor final

A proposta não é comercializar carne, mas, sim, trazer transparência para todos os envolvidos na cadeia, desde o produtor e o frigorífico, até restaurantes e varejo e, finalmente, o consumidor final.

Segundo Bernardo Barbosa Ibargoyen, fundador da PMP Alimento Importa, a ferramenta conecta produtores de carne sustentável e de alta qualidade com os demais elos do mercado.

“Por meio de tecnologia, identificamos todos agentes dessa cadeia e captamos oportunidades nas transportadoras e nos frigoríficos para viabilizar produções de quem prima pelo sabor e transparência. Assim, os restaurantes têm garantia de qualidade e sabor, enquanto o produtor alcança reconhecimento e ganhos maiores”, resume Bernardo.

Reconhecimento

Fazenda Palomas de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai

A Fazenda Palomas de Santana do Livramento, Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai, produz cordeiros e foi a primeira a fazer parte deste modelo de negócio.

O proprietário Atílio Duarte é a 4° geração de pecuaristas de sua família no Bioma Pampa e elogia a solução principalmente pela valorização de seus produtos.

De acordo com o pecuarista, os produtores estão acostumados a vender para frigoríficos e sequer saber o destino da carne e, assim, não são reconhecidos pela qualidade de sua produção.

“Esse reconhecimento não existia até começarmos a trabalhar com a plataforma PMP Alimento Importa. Agora, quando alguém quer comer uma carne da Fazenda Palomas, podemos sugerir em qual restaurante encontrar, por exemplo. E isso faz toda a diferença”, frisou.

Transparência

A PMP leva transparência e proporciona ao consumidor um alimento 100% grass feed (alimentado a pasto), sustentável e de qualidade “premium”. “Nos preocupamos com a preservação do bioma Pampa, pois diferente do que muitos acreditam, a pecuária de corte criada de forma extensiva ajuda na preservação deste bioma”, acrescentou Bernardo.

Para chef, cordeiro criado livre e a pasto tem mais sabor, maciez e qualidade

O restaurante Guri, em Bento Goncalves, Rio Grande do Sul, é um dos usuários da plataforma, que possibilitou até mesmo um diferencial para seus próprios clientes.

“O produtor é um grande aliado do cozinheiro, pois é ele que começa a preparar o prato que servirei para meu cliente aqui no restaurante”, introduziu o chef de cozinha Enio Valli.

Para ele, animais criados a pasto geram uma carne com sabores, maciez e qualidade superiores e, assim, saber qual foi a alimentação, o manejo, os cuidados no abate e na manipulação lhe dá garantia de servir uma carne “inesquecível” aos consumidores finais.

“O cordeiro criado livre e a pasto na floresta rasteira do sul da América do Sul, o Pampa, esbanja uma complexidade de sabores, mais maciez e qualidade. Saber quem cria e como cria é fundamental. O carinho, o cuidado e o amor do produtor ficam explícitos em cada garfada”, finalizou.

Fonte: Agevolution

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