Os dados recém-divulgados pela SECEX/ME sobre o resultado das exportações de junho passado combinados aos dados corrigidos relativos ao período janeiro/maio de 2020 sugerem que a carne de frango, ocupante – no acumulado dos cinco primeiros do ano – da 6ª posição da pauta cambial, pode ter encerrado o primeiro semestre na penúltima posição entre os 10 principais produtos exportados pelo País.

Em outras palavras, a carne de frango in natura – cuja receita cambial no primeiro semestre de 2019 foi suficiente para colocá-la entre os cinco principais produtos brasileiros exportados, encerra o primeiro semestre de 2020 na nona posição, no rol dos “10 mais” à frente apenas do café.

Ressalve-se, entretanto, que esse recuo não se deveu à perda de importância da receita da carne de frango na pauta exportadora. Tanto que o produto mantém, com redução mínima (-1,30%), praticamente o mesmo nível de participação de um ano atrás na receita total da pauta cambial – pouco mais de 2,8%.

O que alterou essa participação foram, em essência, correções na receita do período janeiro-maio dos óleos combustíveis (retificação de 30% no valor originalmente divulgado), do açúcar (correção de quase 20%) e do farelo de soja (aumento próximo de 7%).

De toda forma, a própria receita cambial obtida pela carne de frango in natura em junho também contribuiu para esse rebaixamento. Pois o valor registrado, de pouco mais de US$408 milhões pelos dados preliminares, correspondeu ao mais fraco resultado do setor em quase um ano e meio, ou seja, desde fevereiro de 2019.

Fonte: AviSite

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