Plantel nacional da raça ultrapassa 50 mil animais registrados

Por Paula Sant’Ana

Desde que chegou ao Brasil, em novembro do ano 2000, o Senepol vem colhendo bons frutos e mostrando que é uma raça que veio para contribuir com a pecuária nacional.
Esse taurino adaptado ao clima tropical surgiu no Caribe há 62 anos. Ele é fruto da fusão de duas outras raças, a N’Dama, originária da África e capaz de sobreviver em ambientes hostis, semelhante ao nosso Nelore, e a inglesa Red Poll, produtora de cortes com maior percentual de gordura e qualidade de carne.

Aqui no Brasil, através de um rigoroso trabalho de melhoramento genético e de avançadas tecnologias, o Senepol tem evoluido bastante e hoje está presente em 18 estados, com mais de 50 mil animais registrados na Asssociação Brasileira de Criadores de Bovinos Senepol. São 525 pecuaristas investindo na raça que reúne uma série de características importantes. Entre elas, a rusticidade, precocidade, fertilidade, tolerância ao calor, padronização de produção, heterose a pasto, docilidade, longevidade e baixos índices de infestação de ecto e endoparasitas. O Senepol é muito utilizado nos cruzamentos com a vacada de corte comercial, apresentando excelentes resultados com o meio-sangue nas fases de recria e engorda. As progênies da raça ganham peso com mais facilidade, antecipando o tempo necessário para o abate e proporcionando maior lucratividade aos produtores. “Os bezerros meio-sangue Senepol alcançam valorização de até 40% quando comparados ao zebuíno puro. São abatidos ainda jovens, favorecendo as caraterísticas sensoriais de sua carne. Pesam, em média, 20@ aos 20 meses de vida e se desenvolvem rapidamente. Ao final do ciclo, apresentam cobertura de gordura subcutânea de até 9 cm. O Senepol já comprovou ser uma raça que beneficia a rentabilidade do pecuarista e colabora para uma pecuária moderna e ainda mais sustentável’, afirma Ricardo Arantes, diretor executivo do Senepol Nova Vida.

A qualidade do Senepol brasileiro também tem despertado o interesse do mercado internacional. A raça é a terceira maior exportadora de sêmen, com 10.834 doses enviadas ao exterior em 2015. Entre os principais compradores estão Colômbia, Costa Rica, Equador e Paraguai. Essa procura é reflexo da maior oferta de touros com avaliação genética e capazes de melhorar a produtividade dos rebanhos.
Os números positivos não param por aí. O faturamento dos leilões oficiais de Senepol, no último ano, cresceu 51% em relação a 2014 e totalizou R$ 50,7 milhões. No mesmo período, os eventos realizados pela raça aumentaram 61%, subindo de 28 para 45. Faltando pouco mais de 2 meses para encerrar o ano, os criadores de Senepol já comemoram os resultados obtidos em 2016. Mais uma vez, a raça mostrou que veio para ficar e esses dezesseis primeiros anos no Brasil são apenas o começo de uma história de sucesso e de superação. “O bom desempenho no campo é o principal fator que justifica a trajetória ascendente do Senepol no país. Temos muito orgulho de ser a empresa pioneira na importação desta raça para o Brasil e temos certeza de que o Senepol vai continuar superando as nossas expectativas. Devemos fechar o ano com um crescimento de cerca de 40% na comercialização de animais e de novos criadores”, comemora Ricardo Arantes.

 

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