Os preços do café não estão deixando os produtores muito animados, também pudera: a cotação no mercado físico brasileiro é uma das mais baixas dos últimos quatro meses de acordo com a Safras&Mercado. Nesta quinta-feira, no sul de Minas Gerais, foram reportados negócios ao redor de R$ 440 , cotação um pouco melhor do que o piso visto em setembro do ano passado quando uma saca chegou a ser negociada a R$ 395 no sul de Minas Gerais – com 15% de catação.
“É um cenário desafiador, o cafeicultor vai ter que trabalhar com margem mais apertada”, explica Gil Barabah, consultor associado da Safras & Mercado.
A oferta elevada do café commoditie está derrubando preços e reduzindo a margem do produtor, de acordo com o consultor de agronegócios do Itaú BBA, Guilherme Bellotti.
Veja a entrevista completa com a Associação Brasileira de Cafés Especiais:
E qual a diferença entre o café tradicional, especial e o gourmet? Além do preço, simplificamos algumas das outras características que diferenciam os cafés:
Café Tradicional
É café que, normalmente tem a torra escura para disfarçar defeitos, são os mais baratos e geralmente vendidos nas gôndolas dos supermercados em forma de “alfomadinha”. É mais difícil degustá-los sem açúcar.
Café Especial
É conhecido por não ter defeitos. As questões de responsabilidade ambiental, social e sustentabilidade da produção são requisitos para a garantir a certificação de origem. É saboroso e bebido sem açúcar.
O café especial tem que ser orgânica? Não, mas também é preciso ter rigor nas questões que envolvem a sustentabilidade da produção.
Café Gourmet
É um meio termo entre o café tradicional e o café especial. Ele tem qualidade, mas não é tão rigoroso quanto à rastreabilidade como o café especial.