12 jan de 2018
Brasil – Fruticultura – A disponibilidade de laranja e suco pode ser limitada em 2018 e 2019

Após a grande produção em 2017/18, o abastecimento pode ser limitado novamente na temporada 2018/19 no Estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro. Com o clima desfavorável durante o assentamento do fruteiro no primeiro evento florido (o evento principal), que se tornaria frutas na próxima temporada, foram observadas perdas em três das quatro principais regiões produtoras de citros em São Paulo.

 

SP do norte e central deve ser o mais afetado, seguido pela região leste do estado. No SP do sudoeste, no entanto, as gotas de frango no primeiro evento de floração estavam dentro da normalidade. Assim, mais uma vez, a produtividade nesta área pode ser alta novamente.

 

Com sinais de novos eventos de florescimento no final do ano, as perdas podem ser atenuadas se a liquidação for satisfatória. Ainda assim, o volume de frutas deve ser menor do que o evento principal.

 

O primeiro relatório do USDA para a próxima safra de laranja brasileira, divulgado em dezembro, indica uma produção de 320 milhões de caixas de 40,8 quilos em 2018/19 no Estado de São Paulo e Triângulo Mineiro, 19% menor que em 2017/18. Embora ainda seja cedo para medir, os produtores consultados por Cepea acreditam em um produto ainda menor. As primeiras estimativas do Fundecitrus (Citrus Defense Fund), por sua vez, devem ser divulgadas em maio.

 

Apesar das previsões de menor fornecimento de matéria-prima em 2018/19, a recuperação de 93% dos estoques de suco de laranja em processadores de São Paulo em junho de 2018 não indica excesso de suprimento de suco ainda. A grande safra será suficiente apenas para reabastecer baixos estoques a partir de 2016/17.

 

Além disso, os agentes devem estar atentos para uma menor produção na Flórida. De acordo com o último relatório divulgado pelo USDA (em dezembro), a colheita na Flórida deve totalizar apenas 46 milhões de caixas, 33% abaixo em relação à temporada anterior. Além do ecologico, que afetou a produção local para algumas culturas, o furacão Irma atingiu a área em setembro de 2017. Os resultados da produção local serão lançados em julho de 2018. Assim, à medida que os estoques diminuem nos Estados Unidos, há necessidade de mais importação.

 

COMPRAS – As primeiras propostas de compra de laranja na temporada 2018/19 foram relatadas no mercado de São Paulo em meados de novembro de 2017. Embora ocasionais, os grandes processadores sinalizaram possíveis negócios em torno de 20,00 BRL por caixa de 40,8 quilos, colhidas e entregue no processador, com participação adicional nos preços de venda de suco no mercado internacional. Se um volume maior for comprado – ou por um período superior a dois anos -, lances a 22,00 BRL por caixa foram relatados.

 

No entanto, com base nas expectativas de uma cultura menor, os produtores de citros são cautelosos em relação ao fechamento de novos contratos, e muitos deles estão monitorando os aumentos de preços. Os valores inicialmente oferecidos pela indústria são maiores do que no mercado à vista, esta safra, porém menor do que na temporada 2016/17, quando a oferta era baixa.

 

TAHITI LIME – A safra de limão de Taiti em 2018 deverá ser menor também. De acordo com os colaboradores da Cepea, além de perdas de parte das flores (devido ao clima quente e seco), muitas frutas de pequeno porte foram colhidas em novembro e dezembro, que deveriam estar prontas para ser colhidas agora em janeiro.

 

O pico de produção de limão de tahiti está previsto para janeiro, já que as chuvas no final de dezembro e início de janeiro podem ter favorecido o desenvolvimento e crescimento de frutas. Assim, espera-se que os preços permaneçam em níveis baixos até o final de março, pressionados por maior oferta. Por outro lado, espera-se que as exportações aumentem, bem como o volume de frutas enviadas aos processadores.

Fonte: CEPEA

 

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