31 mar de 2016
Brasil – FRUTICULTURA – Projeto Manuel Alves inicia a colheita de sua primeira safra de manga

Aos poucos, entre encontros e desencontros na sua gestão por parte de governos estaduais, o Projeto de Irrigação Manuel Alves, no sudeste do Tocantins,  um dos maiores projetos de irrigação do Brasil, com uma área de cinco mil hectares e expansão para mais 15 mil, vai encontrado com os seus objetivos. Já é uma realidade na produção de banana, que é até exportada.

Variedade palmer, escolhida por sua boa adaptação a região. (Fotos: Ascom/Seagro)
Variedade palmer, escolhida por sua boa adaptação a região. (Fotos: Ascom/Seagro)

Agora é a vez da manga palmer. Os produtores dessa fruta no Projeto iniciam a colheita nesta semana. A variedade foi escolhida, conforme a Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária do Tocantins (Seagro), por ter boa aceitação nos mercados e ser a melhor que se adaptou às condições edafoclimáticas da região

O cultivo das mangas no projeto utiliza técnicas de irrigação e indução floral (com produtos que antecipam a produção dos frutos). A colheita da manga é feita manualmente, uma a uma, e são embaladas geralmente em caixa de plástico de 25 kg ou papelão de 6 kg, dependendo do mercado consumidor. A previsão é que a colheita dessa primeira safra termine em julho.

Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Perímetro Irrigado Manuel Alves, Patrik Diogo Antunes. A expectativa é  que sejam colhidas cerca de 60 toneladas nessa a primeira safra.

– O plantio das mangueiras teve inicio há cerca de quatro anos e atualmente, cerca de sete agricultores cultivam a lavoura, numa área de 65,40 hectares – disse.

Comercialização e Mercado

O produtor Delmácio Alves investiu no plantio de 1.500 mangueiras da variedade palmer, em seis hectares na área de fruticultura do Manuel Alves, e está feliz com a chegada da colheita das primeiras frutas em maio.

– Tentei convencer outros produtores a cultivar, mas ninguém botava fé porque a mangueira demora cerca de três anos para começar a produzir. Hoje vendo que estão todas carregadas se animaram para plantar – comenta.

– No início é feito um investimento maior com o plantio das mangueiras, mas o produtor pode ter lucros durante 30 anos, tempo médio de produção dos mangueirais – comemora.

Os produtores estão otimistas com a boa aceitação, da variedade palmer, por parte de consumidores e mercados. Segundo Delmácio Alves, o quilo da manga palmer está sendo comercializado, por cerca de R$ 2,40 e o custo de produção está em torno de R$ 1,00, o que deixa uma boa margem de lucro para o produtor.

– A ideia é vender na entressafra, quando a demanda é maior e os preços estão melhores. Estamos na entressafra e já temos uma boa procura pela fruta – comemora o coordenador do projeto Patrik Antunes.

O planejamento é para vender nos mercados de Palmas, Araguaína, Gurupi, Brasília e São Paulo.

Indução Floral

Projeto Manuel Alves platio de manga palmer fotos cedidas por Patrik Antunes foto3
Mangueirais foram plantados há cerca de 3 anos.

Sobre a técnica de indução floral, o engenheiro agrônomo da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) Anderson Pereira informa que, seja na cultura da manga ou em outras frutíferas, a indução floral é uma forma de programar a colheita dos frutos e dar possibilidades ao produtor de colher de acordo com a demanda de mercado, minimizando perdas, melhorando o planejamento e aumentando a segurança do produtor rural.

– O produtor faz induções parceladas, com intervalos de tempo entre as aplicações para escalonar a produção e colher no tempo programado – explica.

Manuel Alves

O projeto de Irrigação Manuel Alves, implantado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), está localizado no município de Dianópolis, a 320 km de Palmas.. Dividido em lotes variados que estão sendo explorados com fruticultura, por meio de métodos modernos de irrigação (gotejamento, microaspersão e aspersão convencional). São 199 lotes para pequenos produtores e 14 lotes empresariais.

 (Fonte: Ascom/Seagro, com edição de Cerrado Rural)

 

 

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