25 jun de 2014
Brasil – Infecção urinária não tratada pode afetar os rins e até o sangue

Bactéria pode viajar pelo canal urinário e chegar a outras partes do corpo

A urina é formada nos rins onde ocorre a filtração do sangue. A partir dali, ela é conduzida por pequenos canais que a transportam até a bexiga, onde é armazenada. A urina é estéril, ou seja, não há bactérias, fungos ou qualquer outro micro-organismo.

infecção urinária ocorre quando alguma bactéria entra em contato com a urina e começa a crescer lá. Isso não é muito simples, pois o sistema urinário tem vários mecanismos de defesa, e a infecção somente ocorre quando a bactéria supera estas defesas. As bactérias que causam infecção com maior frequência são as que vivem no intestino e acabam entrando na bexiga através da uretra.

Algumas condições podem predispor a infecção, como pedra nos rins, pouca ingesta de água, períodos longos sem ir ao banheiro. Além disso, mulheres e idosos também apresentam maior índice de infecção.

A infecção na maioria das vezes causa sintomas como dor ao urinar, aumento da frequência de idas ao banheiro e dor abdominal. Menos frequentemente pode causar febre. E algumas pessoas ela pode não causar nenhum tipo de sintoma ou então causar sintomas inespecíficos como diminuição do apetite, cansaço ou mal estar.

Na suspeita de infecção urinária, deve-se procurar atendimento médico. Para confirmar o quadro de infecção, a equipe médico pode pedir exames como sedimento urinário e urocultura com antibiograma, sendo este último o exame que vai identificar qual bactéria causa a infecção e qual o melhor antibiótico para combatê-la. Apesar deste exame demorar de três a cinco dias para ficar pronto, ele é essencial principalmente para infecções de repetição ou resistentes ao tratamento inicial.

Como o agente que causa infecções urinárias é uma bactéria, o tratamento é sempre feito com uso de antibióticos por via oral, por períodos que podem variar de três a sete dias nos casos menos graves, podendo muitas vezes necessitar de antibióticos endovenosos por períodos que se estendem até 21 dias. A ingesta de bastante líquido ajuda no tratamento, agilizando o efeito dos antibióticos. Os sintomas da infecção começam a melhorar em 12 a 24h após o início do tratamento e geralmente após 48h não há mais sintomas. Atualmente algumas bactérias podem ser resistentes aos antibióticos mais comuns, e os sintomas podem persistir após o tratamento, nestes casos o paciente deve retornar ao médico para troca de antibiótico.

Nas pessoas que tem poucos ou nenhum sintoma, ou então nos casos em que não procuram atendimento médico e usam medicamentos que mascaram os sintomas, a infecção pode progredir e sair da bexiga, subindo pelos canais que levam a urina do rim até a bexiga, no caminho inverso, fazendo com que as bactérias cheguem até os rins.
Quando a infecção atinge os rins, chamado de pielonefrite, o quadro é mais grave e os sintomas mudam, podendo aparecer febre alta, dor na região lombar, vômitos e mal estar. Como o rim recebe um fluxo de sangue, é muito grande a possibilidade das bactérias entrarem na corrente sanguínea e causarem um infecção generalizada, ainda mais grave, chamada de sepse.

Além de poder se espalhar pelo organismo, a infecção quando atinge o rim pode também causar abcessos (bolhas de pus) nos rins e também diminuir a sua função. O tratamento da pielonefrite necessita do uso de antibióticos endovenosos, e muitas vezes internação. Quando há abcessos nos rins pode haver necessidade de punções ou mesmo cirurgias para remover esse pus. Se o rim for acometido por abcessos muito grandes ou numerosos há necessidade de retirar todo o rim para o controle da infecção.

Desta maneira, qualquer sintoma de infecção deve levar o paciente a procurar um médico para o correto diagnóstico e tratamento com medicamentos adequados. O tratamento da infecção é simples e rápido, porém se não tratada pode evoluir para infecção nos rins (pielonefrite) que é muito mais grave, podendo levar a infecção generalizada, abcessos renais, perda da função dos rins e quando causadas por bactérias mais resistentes e em pacientes com imunidade reduzida (diabéticos, idosos, etc.) pode até mesmo levar a morte.

Com informações do Minha Vida e do site: www.ioeste.com.br

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