04 jan de 2019
Brasil – Nestlé trabalha para entrar no mundo do consumo sem carne

Enquanto mais consumidores trocam carne por vegetais, a Nestlé quer transformar essa tendência em um negócio de bilhões de dólares.

A empresa suíça se prepara para o seu maior impulso no mercado vegano em expansão: o Incredible Burger, a ser lançado sob a marca Garden Gourmet no próximo ano. A informação foi divulgada nesta semana pelo site Farm Progress.

É uma grande mudança para a maior empresa de alimentos do mundo, cujos produtos incluem proteína animal. Enquanto a Nestlé e seus concorrentes tem mostrado interesse na alimentação vegana há anos, o crescimento se tornou mais essencial em meio à estagnação das vendas de suas principais marcas.

 

A Nestlé compete contra rivais como a Unilever e novos participantes no mercado como a Beyond Meat, apoiada por Bill Gates e Leonardo DiCaprio, na busca de alternativas para uma nova geração de consumidores desligados da proteína animal. Em dezembro, a empresa anglo-holandesa comprou a produtora holandesa de vegetais The Vegetarian Butcher, enquanto a empresa norte-americana vende um hambúrguer que inclui suco de beterraba para simular a mioglobina da carne bovina.

Em uma década, o novo negócio da empresa suíça pode atingir mais de 1 bilhão de francos (US$ 1 bilhão) em vendas, de acordo com Laurent Freixe, diretor executivo das Américas. Isso representa apenas uma parte do que é vendido agora, sendo que maior parte dos 90 bilhões de francos em vendas da Nestlé vem do café, água engarrafada e outras marcas tradicionais. A empresa diz que metade da proteína usada em seus produtos, incluindo a nutrição para animais de estimação, vem de plantas e não tem origem animal.

 

O diretor de tecnologia da Nestlé, Stefan Palzer, identifica os consumidores com foco na alimentação baseada em vegetais como uma das várias “tribos alimentares” de rápido crescimento, juntamente com aquelas que seguem dietas sem glúten ou sem lactose. Com a geração millenials, a popularidade do veganismo torna-se atraente para os gigantes da indústria. “Ao nos aprofundarmos nas tendências de consumo, descobrimos que elas mudaram um pouco nos últimos dois anos, dependendo de como os consumidores definem uma dieta saudável”, disse ele.

 

No centro de pesquisa e desenvolvimento da Nestlé, em Lausanne, na Suíça, os cientistas exploram o potencial de proteínas veganas. Enquanto hoje a maior parte do leite livre de lácteos disponível para os consumidores é à base de soja, por exemplo, a empresa está testa um líquido derivado de nozes e mirtilos, com tom roxo. Há também um latte azul com algas spirulina. “O vegetarianismo nunca foi tão popular antes e está aqui para ficar, estou convencido disso”, disse Palzer.

Equipe Suino.com

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