01 ago de 2017
Brasil – Pecuária – Carne é ponto de tensão em acordo

Para comissário da UE, Mercosul não deve esperar acesso total ao mercado europeu de carne e biocombustíveis

O comissário de agricultura da União Europeia Phil Hogan disse ao Financial Times (FT) nesta segunda-feira que os membros do Mercosul não devem esperar acesso total ao mercado europeu de carne e biocombustíveis. “Sempre existirão produtos sensíveis na UE que precisarão ser protegidos e, entre eles, estão a carne bovina e o etanol”.

 

Para ele, os países que compõem o bloco terão que moderar as demandas para que o acordo seja finalizado. “Estamos recebendo alguns sinais do Mercosul de que eles estão preparados para considerar propostas mais realistas na agricultura para que consigam melhorar pontos em outros setores”, afirmou Hogan. Ao FT, um diplomata sul-americano disse que o bloco estava “esperando para ver a oferta da UE, especialmente para carne bovina, açúcar e etanol”.

 

As conversas para um pacto econômico entre os blocos começaram em 1999, segundo o FT, mas logo as negociações empacaram por receio dos europeus de que o mercado fosse inundado com commodities sul-americanas. Nos últimos meses, porém, as tratativas voltaram a ganhar força. Os blocos veem o acordo como uma forma alternativa de manter o nível de comércio, já que ainda existem preocupações de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insista em medidas protecionistas. Oficiais da UE acreditam que é possível que o acordo seja finalizado este ano.

 

As exportações do Mercosul para a UE cresceram de 32 bilhões de euros em 2005 para 42 bilhões em 2015. Já no sentido contrário, o número passou de 21 bilhões de euros para 46 bilhões no mesmo período. Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (que está suspensa) são os membros plenos do Mercosul.

 

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