O foco do produtor brasileiro agora é o clima. O plantio já está autorizado há alguns dias no país, porém, as chuvas não chegaram na maior parte das regiões produtoras e, de acordo com a maior parte das últimas previsões, esse cenário só deverá mudar efetivamente e para melhor em outubro, quando será possível se registrar uma melhor regularidade e distribuição das precipitações.

A consultoria internacional AgResource traz mapas detalhados para os períodos dos próximos 1 a 5; 5 a 10 e 10 a 15 dias que confirmam esse quadro, trabalhando com três modelos diferentes: americano, europeu e canadense.

Confira na imagem a seguir:

No primeiro intervalo, de 21 a 25 de setembro, os três ainda mostram o tempo seco no Brasil central e a possibilidade de chuvas apenas em pontos do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Os volumes, porém, são limitados e não indicam condições adequadas para um bom início de plantio.

Nessa condição – e autorizado a plantar desde o último dia 10 – a semeadura da soja no Paraná, segundo maior estado produtor de soja do país, não foi nem mesmo iniciada em algumas áreas, segundo explica Nelson Harger, coordenador de grãos da Emater (PR). Os produtores, portanto, esperam por essas chuvas previstas para outubro para avançar com os trabalhos de campo.

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O último boletim do Deral (Departamento de Economia Rural do Estado do Paraná), mostra que o plantio da soja estava concluído, no início desta semana, em apenas 1% da área prevista para esta temporada, contra 3% do mesmo período do ano passado.

Na sequência, no período de 26 de setembro a 1º de outubro, as chuvas já começam a se mostrar mais volumosas, com acumulados de até 19 mm em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Pailo, Minas Gerais e partes da Bahia. Já no Rio Grande do Sul, de acordo com os modelos americano e canadense, os acumulados poderiam passar dos 25 mm.

Partindo para o período de 1º a 6 de outubro, as chuvas se intensificam ainda mais, principalmente em toda a região Sul, bem como na área do Matopiba, com exceção de áreas do norte do Maranhão e do Piauí.

Em um vídeo com previsões mais alongadas,  a AgResource mostra que, de fato, um padrão de chuvas mais regulares, de melhor volume e bem distribuídas deverá começar a se confirmar, de fato, a partir de meados de março.

“E isso será quando formos ver um maior fluxo de plantadeiras nos campos brasileiros, quando as chuvas se mostram mais regulares”, explica o analista de mercado da consultoria internacional, Matheus Pereira.

Assim, a conclusão da AgResource Brasil é de que o mês de setembro deverá, de fato, se concluir ainda com tempo seco, sem chuvas generalizadas em nenhuma região do Brasil, principalmente as produtoras que estão aptas ao plantio.