Há mais de 500 sementes no mercado. Para facilitar a escolha, a Embrapa Soja dá três orientações na hora de comprar uma cultivar de soja

Luciano Teixeira | Londrina (PR)

A escolha da cultivar é um dos primeiros passos do agricultor na hora de preparar a safra de soja. Opção não falta, afinal existem mais de 500 tipos de sementes no mercado. Portanto, a escolha da variedade ideal pode fazer a diferença, tanto em remuneração quanto em produtividades.

A pesquisadora da Embrapa Divania de Lima dá algumas dicas para o produtor na hora de escolher a semente de soja ideal. A dica principal é que seja uma cultivar adaptada à região em que será plantada. O Ministério da Agricultura possui uma lista com as cultivares indicadas para cada área.

– Um dos primeiros passos é o agricultor verificar se aquela cultivar tem adaptação para sua região. Anualmente o Ministério da Agricultura lança uma portaria onde é definida uma gama de cultivares que o agricultor pode usar – explica.

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O agricultor conhecendo a semente ideal para sua região, o passo seguinte é pensar no sistema de plantio que o sojicultor segue. Se o produtor rural costuma plantar alguma cultura de inverno ou o milho segunda safra, o ciclo das cultivares é algo que precisa ser levado em conta.

– Se o produtor tiver interesse em produzir o milho safrinha, é ideal que ele plante cultivares de ciclo mais precoce e que tenha um bom estabelecimento dos plantios iniciais. Se o agricultor optar por sistema de produção onde os cereais de inverno sejam o foco, ele pode utilizar cultivares um pouco mais tardia, ou de ciclo semi-precoce, em torno de 125 a 130 dias – orienta Divania.

Outro item importante é o vigor da semente. Sementes de alto vigor costumam ter raízes mais profundas, conseguindo enfrentar melhor períodos secos. Segundo a pesquisadora da Embrapa Soja, o sucesso da lavoura também passar por esse item: a qualidade da semente.

– Após selecionar a cultivar, o produtor deve se atentar para a qualidade da semente a ser utilizada, procurando sempre cultivares de alto vigor. Uma vez que ele utilizar sementes com alto vigor, isso proporcionará o estabelecimento mais uniforme da lavoura, além de garantir produtividades mais elevadas – esclarece a pesquisadora.

Essas são as três orientações da Embrapa Soja para escolha da cultivar: que seja uma semente ideal para a região de plantio; que possua um ciclo dentro do calendário de plantio da propriedade; e, por fim, que o sojicultor faça uma análise da qualidade da semente a ser comprada.

Tipos de cultivar

Há basicamente dois tipos de sementes: a convencional, sem nenhuma modificação genética e a transgênica, com melhorias na estrutura do grão. O primeiro tipo tem a vantagem econômica. Há compradores que costumam pagar mais pelos grãos convencionais, sendo a Europa o principal consumidor desse tipo de soja.

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Entre as sementes geneticamente modificadas, há duas gerações: a primeira é resistente ao herbicida glifosato (tipo RR), já a segunda geração possui também tolerância às lagartas da cultura (RR2). As empresas já trabalham com uma terceira geração, que terá resistência a outro tipo de herbicida, permitindo a rotação de produtos. Isso facilitará o combate às plantas daninhas que já ganharam resistência ao glifosato, como a buva e o capim amargoso.

 

Com informações do Projeto Soja Brasil e Ioeste

 

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