“O bem-estar animal é um dos primeiros pontos a ser observado. Temperatura ambiente acima do conforto térmico dos suínos impacta a queda do consumo de ração, assim como temperaturas abaixo do recomendável. No caso dos leitões pós-desmame, é possível notar quando estão amontoados tentando se aquecer acabam não ingerindo a quantidade correta de alimentos”, destaca Borges.
O especialista da Biomin assinala que o ambiente deve comportar o número de animais adequado ao espaço para não gerar disputa nos comedouros, o que pode provocar consumo desigual entre os animais. “Ajustar a altura de comedouros e bebedouros é uma ação simples, que pode impactar positivamente o consumo de alimento dos animais. A água é parte essencial nesse processo. Sua qualidade e vazão devem estar adequadas ao número de animais na granja”.
A segurança dos alimentos é um fator preocupante, pois além da diminuição do consumo também desencadeia vários problemas sanitários. “As micotoxinas presentes na ração provocam prejuízos ao sistema imunológico e reprodutivo dos suínos. Um animal contaminado pode até parar de se alimentar. Entre as substâncias tóxicas mais comuns estão Deoxinivalenol (DON), Fumonisinas (FUM) e Alcalóides de Ergot”, alerta Vladimir Borges.
O gerente técnico de suínos da Biomin também destaca a importância da qualidade da ração em termos de palatabilidade e de composição de nutrientes. “É importante que a equipe técnica das granjas avalie periodicamente a composição da dieta oferecida. Por exemplo, o excesso de magnésio e zinco reduz o consumo, assim como a falta de sódio, ácido pantoteíco (Vit. B5) e Tiamina (Vit. B1)”, explica.