01 nov de 2017
Brasil – Suinocultura – Com exceção do Brasil, custos de produção de suínos caem nos principais países produtores em 2016, mostra relatório da InterPIG

Os resultados da reunião deste ano da rede InterPIG, referentes aos custos mundiais de produção de suínos em 17 países que participam ativamente do comércio mundial, já estão disponíveis para consulta no site da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa (embrapa.br/suinos-e-aves/cias) na seção “custos” ou diretamente no endereço bit.ly/interpig2017 (link encurtado e seguro).

O relatório da reunião mostra que o forte aumento no preço do milho em 2016 no Mato Grosso (76%) e em Santa Catarina (59%) impactou nos custos de produção no Brasil em 24% em SC e em 22% no MT. “Mesmo com a desvalorização da moeda brasileira em torno de 4,4% em relação ao euro, ocorreu um significativo aumento nos custos de produção nesta moeda. Com isso, a posição de liderança em custos da suinocultura de Mato Grosso e da região Centro-Oeste foi perdida para os Estados Unidos em função do preço médio da ração que se aproximou dos preços em alguns países europeus como Dinamarca, França e Alemanha”, diz o pesquisador da Embrapa Marcelo Miele, lembrando que em 2015 os preços no Mato Grosso eram 28% inferiores à média de preços nesses três países, enquanto que em 2016 essa diferença foi reduzida para apenas 6%. Ainda, todos os países apresentaram redução de custos em euro, exceto o Brasil. Miele também destaca que a suinocultura em Santa Catarina apresentou a ração mais cara entre os países da rede InterPIG. “A competitividade do estado vem da mão de obra e do custo de instalações e equipamentos”, diz.

A InterPIG envolve instituições de pesquisa, associações de representação, órgãos públicos e empresas de consultoria dos principais países produtores de carne suína. O objetivo é desenvolver e implantar uma metodologia padronizada de cálculo dos custos de produção, além de comparar os índices técnicos, os preços e os custos de produção dos participantes e apoiar estudos de competitividade entre os países.

A rede é articulada a distância e promove um encontro anual. O deste ano aconteceu em Wageningen, na Holanda, e teve a participação de representantes da Alemanha (vonThünen Institut), Áustria (VLV), Bélgica (Boerenbond e Landbouw en Visserij), Canadá (Saskpork), Dinamarca (Landbrug & Fodevarer e VSP), Espanha (SIP Consultors), Estados Unidos (Iowa State University), Finlândia (Atria PLC), França (IFIP), Holanda (LEI/Wageningen), Hungria (AKI), Irlanda (Teagasc), Itália (CRPA), Reino Unido (BPEX), República Tcheca (ÚZEI) e Suécia (Svenska Pig). O Brasil participa desde 2008 representado pela Embrapa Suínos e Aves, unidade descentralizada da empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Além das instituições listadas acima, também participaram da reunião em 2017 instituições que integram a rede Agri Benchmark Pig (www.agribenchmark.org). São elas: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-Esalq/USP), Brasil, Chinese Academy of Agricultural Sciences (CAAS), China; Institute of Policy and Strategy for Agriculture and Rural Development (IPSARD), Vietnã; Institute of Market Research (IKAR), Rússia; University of Pretoria (BFAP), África do Sul; e University of Poznan, Polônia.

A CIAS também disponibiliza em seu site os resultados das reuniões anuais da InterPIG desde 2011, referentes aos custos de produção mundiais de 2010.

*Anexo, logotipo da rede InterPIG

Lucas Scherer Cardoso

Jornalista | MTb/RS 10.158

Núcleo de Comunicação Organizacional
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