Tradição é mantida principalmente no Nordeste

O Senado aprovou nesta terça-feira, 1°, o projeto que reconhece a vaquejada como manifestação cultural e patrimônio imaterial. Agora, a matéria precisa ser sancionada pelo presidente da República. De acordo com informações da Rádio Senado, o mesmo vale para os rodeios.

Patrimônios imateriais são tradições que comunidades e grupos recebem de ancestrais e passam para as gerações seguintes. As manifestações desse tipo são legalmente identificadas e preservadas de forma a dar continuidade à atividade ao longo dos anos.

O relator do projeto, senador Otto Alencar (PSD-BA), lembrou a tradição das vaquejadas em várias partes do país, principalmente no Nordeste. Segundo ele, além de culturalmente importante, as vaquejadas geram emprego e renda às comunidades envolvidas.

Alencar estima que a modalidade empregue hoje 1 milhão de pessoas. “Que vão do vaqueiro àquele que produz a ração, a cela, o baixeiro a cabeçada; que faz o casco do cavalo, aquele que vende os churrasquinhos nas festas”, disse.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), contrária ao projeto, pediu que o Congresso tivesse mais tempo para debater a proposta antes da votação final e afirmou que a atividade gera maus tratos aos animais. “Não precisamos disso para girar a nossa economia”, afirmou.

Opiniões divergentes dominaram as discussões, mas o projeto acabou sendo aprovado pela maioria dos parlamentares. Em enquente promovida pelo Portal DBO, 57% dos leitores também demonstraram ser a favor da prática; enquanto 43% disseram ser contrários.