07 maio de 2015
Brasil – Vendas a prazo têm queda mais intensa dos últimos 13 meses

Em movimento proporcional aos altos níveis de endividamento e inadimplência, as consultas recuaram 4,69% em abril, segundo SPC e CNDL

Em movimento proporcional aos altos níveis de endividamento e inadimplência, o volume de vendas parceladas tem apresentado queda nos últimos meses. Segundo banco de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número de consultas para vendas a prazo recuou 4,69% em abril pela terceira vez consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

A queda foi maior do que a registrada em março, quando o número de consultas variou negativamente 2,03%. Na série histórica, o recuo observado no mês de abril foi o mais intenso dos últimos 13 meses – em março de 2014 a contração havia sido de 4,83%.

Ainda de acordo com o levantamento, as consultas para vendas parceladas registraram queda de 1,21% na comparação mensal, de abril contra março. Como resultado, as vendas parceladas acumulam nestes quatro primeiros meses do ano uma queda de 1,98%.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, os seguidos recuos verificados pelo indicador do SPC Brasil refletem a dificuldade de crescimento do país e a deterioração das expectativas com os rumos da economia tanto dos consumidores como dos empresários.

“A piora na economia levou à restrição na oferta de crédito e também fez cair a confiança do consumidor, diminuindo a disposição para a compra de bens de maior valor que geralmente são financiados por bancos ou pelo varejo”, explicou Pinheiro.

De acordo com a economista-chefe do SPC, Marcela Kawauti, a tendência do comportamento das vendas para os próximos meses é de repetição do cenário ruim observado na segunda metade de 2014 e nos primeiros meses de 2015.

“Sem sinais de recuperação da economia, os consumidores devem seguir cautelosos em comprometer a renda com o parcelamento de compras, tendo em vista o menor crescimento da massa salarial, juros e inflação em alta e a piora dos indicadores de emprego”, afirmou a economista.

O Indicador de vendas a prazo tem abrangência nacional e é construído a partir do volume de consultas mensais realizadas à base de dados do SPC Brasil.

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, os seguidos recuos do indicador refletem a dificuldade de crescimento do país e a deterioração econômica dos consumidores

 

Fonte: CNDL

 

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