26 nov de 2019
Mundo – Agricultura – Mercado de US$5 bi, Europa alerta para riscos de fim da Moratória da Soja na Amazônia

Um movimento da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) para acabar com a chamada Moratória da Soja na Amazônia coloca em risco um mercado de mais de 5 bilhões de dólares por ano do Brasil na Europa, afirmou à Reuters uma dirigente da Fediol, a associação das indústrias de óleos vegetais e farelos da União Europeia.

 

Se europeus considerarem que o Brasil encerrou um programa tido como importante meio para evitar desmatamentos por pressão da soja, os brasileiros poderiam perder mercados na Europa para os Estados Unidos e Argentina, segundo avaliação da indústria.

Para a Fediol, a Moratória da Soja, que proíbe a compra de grãos cultivados em áreas desmatadas no bioma amazônico após 2008, é a “única ferramenta que oferece garantias de que o desflorestamento legal, mas também o ilegal, não está acontecendo” por pressão da safra, disse Nathalie Lecocq, diretora-geral da associação, que representa processadores de grãos, refinadores e engarrafadores de óleos vegetais.

 

Do Brasil, os países da União Europeia importaram cerca de 5 milhões de toneladas de soja em 2018, ou 6% de toda a exportação brasileira, que atingiu um recorde no ano passado.

Mas é o farelo de soja o principal produto nacional exportado aos europeus, que ficaram com cerca de metade dos embarques totais do país, de quase 17 milhões de toneladas na temporada anterior.

 

“O (eventual) fim da Moratória da Soja pode sim impactar severamente os usuários de soja e farelo do Brasil na Europa, considerando que existem operadores que incluem nos contratos a referência à moratória…”, disse Lecocq.

As empresas ligadas à Fediol incluem multinacionais do agronegócio, como ADM, Bunge e Cargill.

Segundo a dirigente, implicações específicas no mercado pelo possível fim da moratória teriam que ser analisadas caso a caso, mas “é inegável que exigências ambientais se tornam crescentemente importantes para companhias e vão continuar como um importante fator no futuro”.

Fonte:Reuters

 

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