Terminada a 12ª edição da Bahia Farm Show, feira de tecnologias agropecuárias e de negócios do oeste da Bahia, a maior e a mais importante de toda a região do MATOPIBA e a 3ª mais importante do Brasil em volume de negócios, cabe uma reflexão sobre os resultados práticos e o que ela, nas suas entrelinhas, apresentou para o Brasil e ao mundo.
Numa análise técnica, sem paixões e emoções, mas baseada na razão, a feira mostrou o que há de mais positivo no oeste da Bahia, região de Cerrado, integrante do MATOPIBA, de um estado de dimensões continentais, de diferentes biomas, microclimas e realidades sociais e econômicas: o potencial econômico consolidado e a ser consolidado da região por meio da exploração agropecuária; o espírito corporativista e empreendedora de seus produtores rurais, congregados numa instituição, entre outros.
Esta edição da feira teve seus procedimentos iniciais cercados de receios, desânimos e descrédito no seu sucesso, na sua viabilidade, em consequência da grave crise política, econômica e ética porque passa a República brasileira, culminando numa grave recessão econômica e consequente recuo dos investimentos do capital nacional e internacional e da crise econômica regional em consequência da quebra de safra e consequente prejuízo de R$ 1,4 bi. Medos e receios de atores de cenários além das fronteiras dos muros da sede da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), promotora do evento. Não muro a dentro, onde toda uma equipe, comandada pelo timoneiro Julio Busato, presidente desta instituição e da Bahia Farm Show, fez vistas grossas aos receios – muitos destes vindas ou de pessimistas, ou de adversários e inimigos gratuitos do agronegócio -; à crise econômica regional e à inveja da “galera do contra”, digamos assim.
Da mesma forma, expositores, instituições financeiras e agentes públicos municipais e estaduais, principais bases do conjunto total da Bahia Farm Show, acreditaram e investiram, mantendo o padrão estrutural e econômico da feira.
No que todo este esforço e coragem resultaram?
Em um resultado de público e movimentação financeira que surpreendeu e pode ser considerado o melhor resultado de toda a história da Bahia Farm Show, desde quando ela ainda era apêndice regional da mega Agrishow.
Por que dizer que ela foi a melhor de todas?
Justamente porque, praticamente, manteve resultados de anos de abundância de safra e estabilidade econômica nacional e regional. Ou seja, proporcionalmente, este foi o melhor resultado em volume de negócios.
Vale dizer que, proporcionalmente, a Bahia Farm Show mostrou o mesmo desempenho da Agrishow deste ano – R$ 1,95, ou 2,5% superior a movimentação do ano passado. Isto quer dizer que o oeste da Bahia também está na vanguarda do agronegócio nacional e internacional.
Há aqueles que, de forma maldosa, ou por falta de conhecimento de causa e ojeriza ao agronegócio, afirmam em “rodinhas da turma do quanto pior melhor” e por meio da imprensa que este valor divulgado pela organização da feira – R$ 1,014 bi – “foi maquiado, como maquiado foi o resultado do ano passado”. Não se sabe de onde essa gente tirou esta informação e qual seria o interesse de uma organização conceituada, como a Aiba, e as instituições financeiras em cometerem esta falta ética com a sociedade.
Os resultados estão ai – econômicos e sociais.
O que eles mostraram e quais as razões deste resultado econômico?
No que ele, o econômico, reflete no social?
Enumeramos alguns dos motivos que garantiram o sucesso econômico da feira:
E no que tudo isto reflete no social?
Não precisa muito esforço para saber que, paralelo ao lado econômico da feira, há várias cadeias econômicas e sociais beneficiadas. Algumas delas:
Por tudo isto, não podemos deixar de reconhecer a Bahia Farm Show como um grande fator de desenvolvimento social e econômico de todo o oeste baiano e MATOPIBA.
Muito menos que o oeste baiano está se consolidando numa região de forte economia como as de Ribeirão Preto, em São Paulo, e de Rio Verde, em Goiás.
Bom seria se os gestores públicos municipais e estaduais se conscientizassem disto e fizessem política de Estado, não politica de governo e de partidos.
“Punto e basta”.
Antônio Oliveira
Cerrado Editora