28 jan de 2016
Oeste – Saneamento básico – Chuvas intensificam transtornos causados por ligações indevidas à rede de esgoto

Escoamento indevido das águas pluviais na rede de esgoto
provoca extravasamentos e traz riscos à saúde da população

As últimas chuvas que atingiram Barreiras, no oeste da Bahia, evidenciaram um grave problema provocado pela má utilização da rede de esgotamento sanitário. Extravasamentos e o retorno do esgoto às residências e poços de visita [estrutura de inspeção da rede de esgoto identificada por uma tampa] são sinais de que muitos imóveis vêm escoando indevidamente a água das chuvas na rede de esgoto.

Regiões como o Centro Histórico, Jardim Ouro Branco e Sandra Regina foram os mais afetados com a sobrecarga de chuva na tubulação. Segundo o gerente da divisão de esgoto da Embasa, Patrick Alves, a rede não é preparada para receber o grande volume de chuva. Ele explica que o dimensionamento da rede é realizado conforme normas técnicas (NBR-9658/86 e NBR 9649/86) que recomendam o sistema denominado “separador absoluto”, em que se interliga na rede de esgoto somente as águas servidas excluindo a de drenagem de águas das chuvas.

A recomendação, de acordo com a Embasa, é que os moradores revisem as suas ligações e separem o escoamento do esgoto e das chuvas. “O escoamento da água das chuvas dos quintais das casas devem ir para um sistema próprio de drenagem, caso exista, ou diretamente para a via pública. Na rede de esgoto devem passar somente água servida dos banheiros, cozinha e da lavanderia”, explica o engenheiro da Embasa.

Esgoto x Drenagem

Algumas diferenças entre rede de drenagem e rede coletora de esgoto podem ser facilmente identificadas pela população. As conhecidas bocas de lobo, por exemplo, pertencem à rede de drenagem pluvial, têm formato retangular e situam-se geralmente abaixo dos calçamentos das ruas. As águas das chuvas serão levadas por meio de bueiros ou grandes canais diretamente para córregos e rios.

Identificada pelas caixas de inspeção, nas calçadas, a rede de esgoto escoa os efluentes domésticos por um ramal predial, sendo levado até a rede coletora, sendo depois conduzido para tratamento em uma estação própria. Na rede coletora de esgoto é possível verificar uma estrutura chamada de poços de visita (PV´s), notadas por uma tampa localizada nas ruas.

Outra forma de distinguir as duas redes é observar se são feitas em tubos em PVC (rede de esgoto) ou manilhas de concreto (rede de drenagem). Além disso, o diâmetro das tubulações de drenagem é bem maior para suportar a quantidade de chuva.

Cobertura

Até o momento, moradores de 14 áreas* [veja lista abaixo] de Barreiras passaram a ter acesso a esgotamento sanitário. Ou seja, já podem ligar os esgotos dos seus imóveis à rede e desativar a fossa séptica. Os moradores devem executar as ligações intradomiciliares, no prazo de 90 dias, depois de notificados pela área social da Embasa. Esta ligação consiste em canalizar água servida – utilizada no banheiro, cozinha e lavanderia – para a caixa de inspeção localizada na calçada, desativando a fossa séptica. Não pode ser ligada à rede água de chuva, que deve  ser escoada para rede específica, sarjeta ou na via pública.

Áreas de Barreiras com acesso à rede de esgoto:

*Bandeirante, Flamengo, Novo Horizonte, Serra do Mimo, Bela Vista, Vila Rica, Vila dos Funcionários, Vila Amorim e parte do São Pedro, Centro Comercial (perímetro entre Princesa Isabel e Feira Livre), Sandra Regina e Jardim Ouro Branco, que ficam acima da Av. ACM; e os bairros JK e São Miguel (perímetro entre o Estádio Geraldão e Câmara de Vereadores), entre as avenidas Clériston Andrade e José Bonifácio.

 

Assessoria de Comunicação da Embasa

 

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