Oeste – “VELHO CHICO” – Codevasf promove o peixamento da bacia do “Rio da Integração Nacional”
Cerca de 7 milhões de alevinos foram produzidos em 2015 no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, unidade científica e tecnológica da Codevasf, em Alagoas. Do total de juvenis produzidos no local, 1,9 milhão foi de espécies nativas da bacia do rio São Francisco, destinados à recomposição da ictiofauna de rios, lagoas e grandes reservatórios hídricos da região.
A Codevasf, em suas ações de peixamentos, utiliza apenas espécies nativas da bacia hidrográfica, como o pacamã, curimatã, matrinxã, cari, cascudo, piau, piaba e surubim. De acordo com o chefe do centro, Álvaro Albuquerque, as ações de peixamento são importantes do ponto de vista ambiental, econômico e cultural.
– O peixamento é uma ação de revitalização continuada que representa muito para o rio São Francisco e outros reservatórios do estado. No aspecto ambiental, ele proporciona a recomposição da ictiofauna do rio, com espécies que, em sua maioria, estão ameaçadas de extinção. Também possui uma importância econômica, uma vez que proporciona o aumento do pescado e ainda possui uma importância sócio-cultural, uma vez que contribui para a manutenção da pesca artesanal e do valor cultural das espécies nativas do rio – ressalta.
Em 2016, a Superintendência regional da Codevasf em Alagoas já realizou dois peixamentos no estado. A primeira ação da Companhia inseriu peixes das espécies cari, pacamã, piau, curimatã-pacu, curimatã-pioa, piaba e matrinxã em três trechos do São Francisco entre os municípios de Penedo e Neópolis. A iniciativa marcou as comemorações da Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Penedo (AL).
A segunda também integrou as comemorações de Bom Jesus e ocorreu no município de Piaçabuçu, no Baixo São Francisco alagoano. Realizado anualmente durante a celebração do município, o peixamento mobilizou, no último domingo (31), a população da cidade, turistas e pescadores para os portos do Terminal Turístico e na “Banca do Peixe”.
– Esse peixamento é uma ação continuada da Codevasf no município de Piaçabuçu, realizada há nove anos consecutivos, em parceria com a prefeitura municipal. Neste ano, nós utilizamos piaba, curimatã-pacu, matrinxã, piau e pacamã – conta Albuquerque.
Os alevinos utilizados nos peixamentos realizados em Alagoas são produzidos no Centro de Itiúba. A unidade também desenvolve pesquisas científicas e tecnologia nas áreas de recursos pesqueiros e aquicultura, além de realizar análises da variabilidade e abundância de espécies nativas do Baixo São Francisco e o monitoramento da qualidade de água do ambiente no qual peixes são capturados. Realiza também o monitoramento das águas de captação e utilizadas pelos perímetros irrigados de Alagoas e de Sergipe.
– Em 2015, foram feitas importantes pesquisas no centro, a exemplo do trabalho realizado com a UFAL, na área de genética, que realizou a caracterização da variabilidade genética de reprodutores e progênies de tambaqui (Colossoma macropomum) e outra desenvolvida com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), que fez um monitoramento limnológico e ictiológico do rio São Francisco na área de influência do Centro – observa Albuquerque.