Variedades avaliadas
Os experimentos tiveram início em julho de 2014 e seguiram até 2021, totalizando 1.175 plantas, com irrigação por gotejamento. O pesquisador João Roberto Oliveira, que conduziu as atividades, conta que foram avaliados 16 porta-enxertos – variedades que correspondem à parte radicular da planta de citros –, em sua maioria novos híbridos em desenvolvimento, em combinação com o clone CNPMF-02 . Trata-se da copa, parte aérea da planta de citros), obtido e recomendado pela Embrapa e amplamente adotado na Bahia, no espaçamento de plantio de 7,0 metros x 3,0 metros.
“Pudemos verificar a importância do porta-enxerto. Em função dele, a planta se desenvolvia de forma diferente. Vários aspectos são analisados: tamanho do fruto, qualidade do fruto em relação à casca, quantidade de frutos por planta, desenvolvimento da copa – quanto menor, mais fácil a colheita –, enfim, tudo isso são fatores importantíssimos na produção, não só de lima ácida, mas de qualquer produto. E vimos que os porta-enxertos que se destacaram mais foram os citrandarins Riverside, Indio e San Diego, o limoeiro Rugoso Maranhão, além dos híbridos BRS Victoria e HTR – 010”, conta Oliveira.
O documento do sistema de produção traz o resultado dos experimentos na Chapada Diamantina e também dados gerais dos porta-enxertos comerciais mais utilizados para a limeira ácida Tahiti no País. Os porta-enxertos devem ser adaptados às condições ambientais da região em que serão utilizados, tolerantes a doenças, e indutores de alta produtividade e qualidade de frutos. A publicação indica que, como não existe um único porta-enxerto capaz de atender completamente a todas essas condições, os pomares devem ser planejados de modo a diversificar os porta-enxertos, contribuindo para a sustentabilidade da cultura, e descreve os mais utilizados em geral pela citricultura brasileira.
Foto: João Roberto Oliveira
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