Brasil – Pecuária – eCG Recombinante: Eficiência reprodutiva e bem-estar animal na pecuária bovina
A reprodução bovina é um dos pilares fundamentais da eficiência produtiva nas propriedades de corte e leite brasileiras. Com o avanço das biotecnologias aplicadas ao campo, especialmente a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), recentemente novas soluções chegaram para contribuir com os índices reprodutivos, contribuindo com a evolução do segmento ao mesmo tempo em que respeitam os princípios de bem-estar animal e sustentabilidade. Entre essas inovações, destaca-se o eCG recombinante (reCG), uma alternativa moderna e ética, para a pecuária nacional que se moderniza e avança cada vez mais.
O eCG, ou gonadotrofina coriônica equina, tem sido amplamente utilizado em protocolos reprodutivos por sua capacidade de estimular o crescimento folicular e favorecer a ovulação em fêmeas bovinas, e fundamental para as condições brasileiras na pecuária de corte. No entanto, o método tradicional de obtenção desse hormônio envolve a coleta de sangue de éguas prenhes, processo que nos leva a refletir sobre o bem-estar animal. Também do ponto de vista técnico farmacêutico, e que poder estar sujeito à variabilidade biológica inerente a fatores como clima, raça, peso e idade das éguas doadoras.
Nesse contexto, surge o FOLI-REC®, desenvolvido com técnicas de engenharia genética avançada, sem uso de produtos de origem ou extração animal, representando um marco na biotecnologia aplicada à reprodução bovina. “O eCG recombinante, certamente é a mais recente tecnologia de reprodução dos últimos 10 anos pelo menos. Representando uma virada de chave para a pecuária. Estamos falando de uma tecnologia que alia desempenho zootécnico a princípios éticos de bem-estar e benefícios diretos no manejo das IATF´s e Transferência de Embriões em Tempo Fixo (TETF´s)”, destaca Alexandre Souza, gerente de Serviços Técnicos da Unidade de Pecuária da Ceva.
Em sua aplicação a campo, o reCG demonstra resultados satisfatórios no que diz respeito à dinâmica folicular e à taxa de prenhez. Essa equivalência farmacodinâmica comprova não apenas sua eficácia reprodutiva, mas também sua contribuição direta para um manejo mais prático, seguro e eficiente nos protocolos de IATF. Por ser uma solução injetável pronta para uso, facilita o trabalho em campo ao dispensar reconstituições e permitir a utilização do mesmo frasco por até 30 dias após a abertura, o que se traduz em ganhos operacionais importantes.
Os benefícios da inovação também foram observados em protocolos “mais curtos”, como o esquema de sete dias de dispositivo com inseminação no nono dia. Essa flexibilidade nos protocolos oferece aos médicos-veterinários, técnicos e pecuaristas uma alternativa valiosa, que permite ajustes rápidos no calendário reprodutivo e a otimização do período de estação de monta, além de ajudar a enfrentar os desafios atuais relacionados à mão de obra.
Esse protocolo, por sua estrutura mais curta, favorece o crescimento folicular após a aplicação da prostaglandina (PgF) e a retirada do dispositivo de progesterona, resultando em uma fase de proestro prolongada que, por sua vez, aumenta as chances de ovulação sincronizada e prenhez.
A adição do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) no momento da IATF complementa esse protocolo de forma estratégica. A administração de GnRH estimula a ovulação e corrige possíveis assincronias, beneficiando especialmente as fêmeas que apresentam folículos menores ou que não demonstraram estro no final do protocolo.
“O reCG é um divisor de águas na reprodução e no campo mais especificamente. Ele traz previsibilidade, eficiência e, acima de tudo, está alinhado com os princípios de bem-estar animal, contribuindo para o avanço na produção e produtividade, mas com consciência ética, fator que guia agora as decisões dos pecuaristas atuais”, afirma Rafael Moreira, gerente da Linha de Reprodução da Ceva.
A biotecnologia por trás do FOLI-REC® não apenas representa um avanço técnico, mas simboliza um conceito que é de todo homem do campo: produção e respeito ao bem-estar animal. “Estamos entrando numa nova era da reprodução bovina. O reCG é mais do que uma ferramenta: é um compromisso com o futuro da pecuária”, conclui Rafael.
Sobre a Ceva Saúde Animal
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