O circo de horrores em que se transformou a Argentina traz importantes sinalizações para o futuro do Brasil. Vale lembrar que ao final da 2ª Grande Guerra, a economia argentina era mais pujante do que a do Canadá e o país era um dos maiores produtores e exportadores de carnes e grãos do mundo.
Terras férteis e clima apropriado para a agropecuária garantiram durante décadas a prosperidade aos nossos “hermanos” que chegaram a ter um nível de vida compatível a de países europeus. A ‘débâcle’, com efeito, veio a partir da omissão e do distanciamento dos produtores do processo político do vizinho país e que o transformou num sistema autofágico e que o está levando à ruína.
Mentiras e mais mentiras, repetidas a exaustão pelas lideranças políticas que se mantém no poder na base do “custe-o-que custar” remetem ao que aconteceu no Estado de São Paulo quando o então governador Orestes Quércia, do PMDB, lançou à sua sucessão Luiz Antônio Fleury, falando, de boca cheia que “se preciso for, quebraremos o Banespa mas Fleury será eleito” – olhem a Petrobras e a Eletrobras aí gente! – E deu no que deu.
As manobras envolvendo o calote que acaba de ser dado a um grupo de credores pelo governo argentino, beiram o absurdo, tamanho é a cara de pau da presidente Cristina Kirchner e do seu ministro da Fazenda, o marxista Axel Kicillof. Ambos querem se queixar agora ao Tribunal Internacional de Haia.
O comportamento dos políticos argentinos têm muita similariedade com o que estamos assistindo aqui no Brasil. Se lá o parque industrial foi arrasado, aqui estamos caminhando em mesma direção. A falta de apoio ao agronegócio e o ódio destilado contra os produtores de lá, já é visto por aqui também.
A sucessão de mentiras ditas e repetidas, a todo e qualquer momento, faz parte do discurso “oficial” dos mandatários do poder. O roubo, a corrupção e a malversação dos recursos públicos, incluindo aí a sua apropriação indevida, são práticas descaradas por nossos políticos também.
Em recente entrevista concedida ao TV BrasilAgro, o ex-ministro e professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), José Goldemberg, bem definiu a causa da crise energética do nosso país: “Este pessoal (PT & cia.) implantou a sovietização no setor elétrico brasileiro”. E, desculpem a repetição, deu no que deu.
O assalto aos cofres e a estrutura da Petrobras também remetem ao mesmo raciocínio. Não passa de um grande insulto o que as aves de rapina governistas estão fazendo com aquela que já foi a empresa símbolo do nosso país. Lembram do “a Petrobras é nossa, dos brasileiros!”. Pois é, deixou de ser para se transformar em fonte de enriquecimento de quadrilhas travestidas de mandatos políticos.
Difícil mesmo é constatar que as opções que temos não são as melhores. Que o digam os dignos representantes do PSDB também envolvidos em mensalão (o mineiro, precursor deste do PT & cia.), desvios de recursos do metrô e até construção de aeroporto em terras de parentes (Tio do candidato à presidência Aécio Neves). Ou então da visão xiita e monstruosa que tem do agronegócio a candidata a vice-presidente de Eduardo Campos (PSB), Marina Silva.
Infelizmente estamos na iminência não de escolhermos o (a) candidato (a) melhor para dirigir os destinos do nosso país. E sim, de escolhermos o menos ruim, o que, convenhamos, é um gigantesco retrocesso que teremos que impor aos nossos descendentes (Ronaldo Knack é Jornalista e graduado em Administração de Empresas. É também fundador e presidente do BrasilAgro; [email protected])
Com informações do Brasil Agro e do site: Ioeste