Ainda segundo o analista Macedo, a maior parte dos campos de milho já haviam sido colhidos, porém, foi possível encontrar áreas com a cultura pronta para ser retirada da lavoura. Diversas regiões destinadas para o cultivo de trigo no ano passado haviam sido utilizadas para a semeadura de milho nesta safra.
Em relação ao Fórum Nacional do Trigo, destaca-se o debate sobre o avanço da qualidade do trigo nacional ao longo dos anos, com parte das cooperativas apontando um trade-off entre os rendimentos das lavouras e o nível de proteína dos grãos.
“Houve, também, considerações acerca dos custos de segregação das culturas, sendo que os representantes da indústria moageira defenderam aredução do número de culturas de trigo plantadas, com o objetivo de padronizar as caraterísticas reológicas do grãos que chegam aos moinhos para que a farinha derivada consiga atender as exigências específicas do consumidor final médio brasileiro, enquanto os pesquisadores presentes afirmaram que existe necessidade da manutenção da diversidade nas lavouras, o que favorece o melhoramento genético e o teste de novos cultivares que podem melhorar a qualidade da safra brasileira no futuro”, relata João Macedo.
Fotografia: João Macedo / INTL FCStone