As cercas servem para demarcar as áreas e são fundamentais em uma propriedade. Para áreas de criação, o objetivo da cerca é impedir o animal de avançar. Assim, fica mais fácil controlar o descanso das pastagens, de bosques, de jardins, de áreas de capim-de-corte, de sementeiras, de lavouras, de nascentes, etc.
Muitas áreas rurais têm cercas com duas finalidades, demarcação de áreas e restrição para bovinos, contudo, por vezes as terras são arrendadas e outro tipo de criação é instalada no terreno, necessitando de uma avaliação cuidadosa das cercas, tanto quanto pela sua conservação quanto para adequação ao rebanho / criação instalada.
Assim, é importante conhecer os variados tipos de cerca utilizados e identificar qual o melhor tipo para a sua necessidade.
Terrenos
Antes de decidir pela cerca é importante avaliar o terreno onde será instalada. Construir uma cerca em terreno plano é fácil, mas em terreno inclinado, tudo fica mais difícil. Uma cerca exige atenção a algumas partes, tais como: o mourão, a estaca, o esticador e os entroncamentos. Os mourões são responsáveis por sustentarem as estacas. Se o mourão afrouxar, as estacas também cederão. Em terrenos íngremes, uma base de cimento nos cantos, ou um suporte de madeira (estaca extra no solo) ajuda para a cerca não ceder.
Em solos úmidos e encharcados é preciso cuidado e atenção para enterrar as lascas e mourões, para evitar o apodrecimento precoce.
Em terrenos onde surgem rochedos, o esforço para a construção da cerca é maior. Muitos preferem apenas aumentar a distância entre os mourões, para maior rendimento do serviço. No Nordeste, é comum variar a cerca de acordo com o terreno: se há laje, a cerca recebe pedras na parte inferior e arame (ou varas) na parte superior. Se o chão é plano e fértil, então pode haver casamento entre cerca-viva com estacotes e arame, etc.
Dessa forma, conforme as condições do terreno, da propriedade, do tipo de criação, da finalidade e até mesmo das condições financeiras do produtor, as cercas podem ser mistas, contemplando mais de uma finalidade.
Defesa e proteção
A cerca tem um papel fundamental de defesa e proteção, para impedir os animais de saírem como também a entrada de predadores.
A altura média de uma cerca varia entre 0,90 cm e 1,20 m, mas alguns predadores podem saltar por cima delas. Assim, é prudente fazer cercas bem mais altas. Há propriedades com cercas variando entre 1,50 a 1,80 m.
Tipos de cercas
Muitos materiais podem ser utilizados como cerca, mas o produtor irá escolher conforme o custo e a durabilidade dos materiais.
Cerca de arame farpado
A mais utilizada em todo país. O arame farpado se destina a aplicações rurais e urbanas e é comercializado em três categorias, de acordo com o diâmetro dos fios: grossos, médios e finos. A escolha do arame deve ser feita de acordo com a resistência e a durabilidade exigidas na aplicação. Nas aplicações rurais, são normalmente utilizados para animais irrequietos, de grande ou pequeno porte, que necessitam de mais proteção na área de pastagem. Na questão construtiva, apresentam bom desempenho em regiões montanhosas, terrenos acidentados, irregulares e de difícil acesso, pois possuem flexibilidade de instalação, acompanhando o relevo em que estão sendo aplicados.
A Gerdau tem uma linha completa de arames farpados, com qualidade e performance reconhecidas no mercado:
ARAME FARPADO ELEFANTE GERDAU – forte e resistente do jeito que você precisa:
ARAME FARPADO TOURO GERDAU
ARAME FARPADO ZEBU GERDAU
ARAME FARPADO URSO GERDAU
ARAME FARPADO GIR GERDAU
ARAME FARPADO POTRO GERDAU
Cerca de arame ovalado / liso
Muito usada em várias regiões do país, com 8 a 12 fios. O arame ovalado possui alta resistência e, consequentemente, permite suportar o impacto dos animais. De fácil manuseio, é utilizado preferencialmente em regiões planas, permitindo um distanciamento maior entre os mourões intermediários e, com isso, uma maior economia. A eficiência da cerca é o conjunto da correta construção dos cantos esticadores, do alinhamento e da fixação dos mourões intermediários e da colocação dos arames
A Gerdau oferece para os produtores rurais dois tipos de arames ovalados para cercas:
ARAME OVALADO GERDAU – sucesso de vendas em todo o Brasil, tem como principais características:
ARAME OVALADO TRIPLA CAMADA – para mais proteção, tem como características:
Cerca elétrica
Muito utilizada na divisão de piquetes menores. Os animais precisam ser condicionados a conviver com a cerca. Depois disso, poderão caminhar paralelamente à cerca ou investir contra ela. A tecnologia de implantação é muito simples. Convém sempre combater o capim que tende a encostar nos fios eletrificados, o que reduz a voltagem da cerca. Referente aos cuidados com as cercas, principalmente a elétrica, leia a matéria Proteja a sua cerca, publicada aqui no site. A cerca elétrica pode ser fixa ou móvel, com um ou vários fios eletrificados, e é preciso prestar muita atenção ao aterramento, ou seja, ao dispositivo que irá evitar os raios ou descargas magnéticas. Se o solo for muito seco e o aterramento for insuficiente, o fio perderá eletricidade e os animais logo perceberão, provocando o rompimento da cerca.
O ARAME PARA CERCA ELÉTRICA GERDAU proporciona a condução da energia ao longo de toda a sua extensão, pois possui tripla camada de galvanização, o que aumenta a condutibilidade do fio por um período maior com relação aos arames comuns. Resiste aos impactos dos animais, mesmo que involuntários, em razão de sua alta resistência.
Cerca de pedras (taipa, muro)
São cercas muito duráveis e resistentes. São muito comuns no Nordeste. As caatingas apresentam bilhões de seixos que podem ser utilizados na construção de cercas.
Cerca de madeira
Depois de pronta e pintada fica muito bonita, mas é inviável para grandes áreas. Assim, é mais indicada para currais e apriscos. Além disso, há a questão do preço da madeira, geralmente mais dispendioso. São várias as maneiras de fazer a cerca de madeira, tanto por estacas como por balaústres. Se houver serraria por perto, basta utilizar os estacotes-refugos, por um bom preço.
Cerca de varas
Muito usada no Nordeste em razão da caatinga. O uso de madeiras nativas, como a algaroba, o sabiá e até a jurema, são as mais utilizadas.
Cerca de bambu
Muito utilizado em Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso, é uma cerca eficiente, de custo baixo, utilizando o bambu plantado na propriedade. É indicada para os mangueiros ou para a chegada do curral. O bambu gigante é o mais indicado, mas o bambu indiano também pode ser utilizado. Muitos produtores acreditam que a época e a lua influenciam a durabilidade do bambu, então, atenção para verificar quando é melhor para realizar o corte. Para reforçar os cantos, usam-se mourões e arames para mais firmeza.
Cerca-viva
São vários os tipos de cerca-viva. No Nordeste, a mais comum é a de avelós, seguida pela de agave, de macambira e até de mandacaru. Já no Sudeste, a mais antiga era a de bambu, muito comum no Rio de Janeiro e Minas Gerais. Atualmente, as mais utilizadas são as de Sansão-do-Campo, embora existam cercas outras variedades. A desvantagem desse tipo de cerca é a exigência de poda periódica e verificação constante, pois os animais tentarão abrir buracos. Uma vantagem adicional é que a cerca-viva funciona como quebra-vento, além de embelezar a propriedade. A mesclagem entre a cerca-viva e outro tipo de cerca (arame, por exemplo) sempre dá certo.
Além de necessária, a cerca é um investimento que oferece retorno por sua alta durabilidade. Por mais ou menos 10 anos, o produtor não precisará se preocupar, a menos que precise mudar a estrutura da propriedade ou, por algum acidente, ela seja inutilizada.
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