Santa Catarina está entre os cinco principais Estados produtores de peixes cultivados do Brasil. De acordo com dados da Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), somente em 2016 a produção estadual chegou a 38.830 toneladas. Mesmo não contando com as condições ideais de clima e relevo para a atividade, o Estado está atrás em produtividade apenas do Paraná, Mato Grosso, Rondônia e São Paulo. A principal espécie é a tilápia que representa cerca de 70% da produção.
Com o objetivo de estimular uma piscicultura tecnologicamente qualificada oportunizando o aumento da produção e da rentabilidade, além de preparar os produtores para as necessidades do mercado, o Sistema formado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC) desenvolvem, desde setembro de 2016, o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Piscicultura.
“Atualmente atendemos dois grupos de 25 produtores nos municípios de Agrolândia e Benedito Novo. Expandimos o programa para as mais diferentes cadeias porque acreditamos na diversidade e no potencial produtivo que o Estado possui. O agronegócio é a base da economia brasileira. As propriedades rurais precisam se reinventar tecnológica e gerencialmente. É isso que faz o Estado ser referência no setor”, observa o presidente do Sistema FAESC/SENAR-SC, José Zeferino Pedrozo.
De acordo com o superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi, o principal objetivo da ATeG é proporcionar aumento da produção, evolução na produtividade e no nível de gestão, além do incremento da renda líquida em propriedades rurais de Santa Catarina. “Muitos empresários rurais sabem produzir, mas não conseguem desenvolver a gestão da produção e dos recursos que possuem. O programa tem essa diferença, oferece assistência de uma maneira continuada, todos os meses os produtores são visitados e terão esse olhar focado para a gestão da propriedade e o reflexo são os bons resultados que estamos alcançando. Isso nos motiva”.
O técnico de campo Luciano de Souza atende 25 propriedades rurais em Benedito Novo e explica que a maioria do grupo possui estruturas piscícolas muito bem formadas, com viveiros bens construídos, sistema de aeração e controle total de entrada e saída de água do sistema.
De acordo com o supervisor do SENAR/SC na região do Vale do Itajaí, Darci Aloisio Wollmann, a ATeG em Piscicultura está sendo desenvolvida com o apoio dos Sindicatos Rurais de Agrolândia e Benedito Novo. Wollmann explica que em Benedito Novo a maioria dos piscicultores tem a atividade como principal enquanto em Agrolândia em alguns casos ela é secundária.
Fonte: MB Comunicação